O centro da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, foi inundado com o transbordamento do rio Guaíba. Segundo a prefeitura, o nível do rio pode chegar a quatro metros ainda nesta sexta-feira (3) isso significa um metro a mais do que a cota de transbordamento, que é de três metros. Várias ruas estão fechadas e o transporte público foi suspenso em alguns trechos da região.
A prefeitura recomendou que a população busque áreas seguras em casas de familiares ou abrigos públicos e, aos comerciantes e empresários da região, o pedido é que sejam fechados os comércios da região nesta sexta-feira e também no fim de semana.
A Defesa Civil do município emitiu alerta para chuvas constantes até segunda-feira (6) o que pode agravar a situação na região. Existe possibilidade de novos alagamentos, transbordamentos de rios e arroios e deslizamentos de encostas e previsão de grandes acumulados de chuva entre 60mm/h ou acima de 100mm/dia.
ROMPIMENTO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INUNDAÇÕES
Durante coletiva do prefeito Sebastião Melo, no fim da manhã desta sexta-feira (3) os engenheiros da Defesa Civil informaram o rompimento do portão 14 do Sistema de Proteção Contra Inundações. Segundo a equipe técnica que acompanhava o prefeito, um tanque do exército estava sendo direcionado até o local para escorar o portão.
“Vou pedir que desloque todo efetivo da Defesa Civil para lá agora. Eu peço ao governo que todos ajudem, porque ainda não sabemos a dimensão disso. Ali nós temos a Farrapos, a Vila Santa Terezinha, cheio de problemas naquela região. Então temos que ir pra lá neste momento”, disse o prefeito.
CALAMIDADE PÚBLICA EM PORTO ALEGRE
Na noite desta quinta-feira (2) a prefeitura decretou estado de calamidade pública que autoriza utilização de recursos e voluntários na assistência à população e restabelecimento de serviços.
As aulas da rede municipal foram suspensas, mas há um regime de plantão para o acolhimento dos alunos que precisarem. Na rede de saúde, 31 locais foram impactados. Dez pontos de atendimento foram suspensos e 21 operam com restrições.
Segundo a prefeitura pelo menos 304 pessoas foram levadas para os abrigos temporários da rede pública.