Por Mário Plaka (*)
A paranoia dos loucos deixa seus seguidores mais nervosos do que galinha em terreiro de raposa. Basta um espirro do louco mor e já correm todos em revoada, cada um tentando inventar um factoide novo, só para manter acesa a chama da insensatez. Agora andam até dizendo que querem ocupar de novo a mesa diretora da baixa casa, aquela presidida pelo marra-cachorro de coleira dourada.
Esses insanos não dormem: acordam de madrugada lembrando das velhas trapalhadas de seus protetores rebeldes de calça rasgada. Correm apavorados até a casa do supremo tirano e cochicham: “Cuidado, nosso refém pode fugir, está quase na fronteira!” E o tirano, mais paranoico que barata em galinheiro, grita para os guardiões: “Fechem todas as saídas! Meu troféu não pode escapar!”
E assim vivem, vendendo liberdade que só existe na masmorra, prometendo cidadania mas arrancando os direitos do povo, falando de soberania enquanto só servem à sua coroa enferrujada. Querem parecer estadistas, mas não passam de bufões coroados, palhaços de um circo triste onde o ingresso quem paga é o povo.
Pobre reino, não tão distante assim…
Ou o povo acorda e se une pelo que é puro, justo e verdadeiro, ou acabaremos como aquela ilha outrora próspera: hoje cercada de fome e miséria por todos os lados, enquanto os mandatários engraxam seus cavalos, desfilam em carrões importados, balançam taças de vinho em iates de luxo e posam de nobres em mansões com mais quartos que consciência.
























