Por Mário Plaka (*)
Hoje, conversando com um cliente, ele me perguntou sobre a conjuntura do nosso país. Disse a ele o que sempre repito: o problema não é uma pessoa, nem apenas um poder. O problema está na raiz.
Uma árvore só se sustenta porque a raiz busca os nutrientes. Se a raiz é boa, ela dá sombra e frutos bons. Se a raiz é contaminada, o que nasce dela também será.
No Brasil, a raiz é o eleitor. É ele quem dá força e sustento a quem chega ao Legislativo e ao Executivo. Senadores, deputados, prefeitos, governadores e presidentes só chegam lá através do voto.
E aqui está a grande verdade: voto não tem preço, voto tem consequência. Quando o eleitor vende seu voto, alimenta uma raiz podre, que só pode gerar frutos ruins. Por isso vemos hoje deputados e senadores acovardados, instituições de joelhos e o país refém de interesses que não são os do povo.
O Senado Federal, que deveria ser a casa da moderação, da firmeza institucional e da defesa da Constituição, se tornou um bunker de silêncio e omissão. Muitos senadores estão mais preocupados em proteger seus próprios processos e privilégios do que em proteger o povo. E quando a nação clama por coragem, o Senado oferece apenas covardia e conveniência.
A Câmara dos Deputados, que deveria ser a voz do povo, também se acorrentou ao balcão de negócios. Ali, negociações escondidas e emendas milionárias valem mais do que a dignidade do cidadão. Deputados que deveriam defender seus eleitores preferem se vender ao governo de plantão, enquanto as ruas continuam gritando por justiça e honestidade.
Se quisermos mudar a floresta que já cresceu, precisamos começar pela raiz. E a raiz é o eleitor consciente, que escolhe bem, que não se vende, que entende que voto é semente de futuro.
























