Por Mário Plaka (*)
Eu vi um vídeo do presidente Lula perguntando: onde foi que os democratas erraram? Onde a esquerda errou? A resposta é simples: a esquerda erra desde sempre, porque nunca foi democrata de verdade. Democracia não faz parte do DNA socialista ou comunista — o que existe é apenas um disfarce para encobrir tirania e perseguição.
A esquerda errou porque sempre apoiou e aplaudiu ditadores mundo afora. Errou porque é contra a família, a base estrutural de qualquer nação. Trabalham dia e noite para enfraquecer esse pilar, substituindo valores por ideologias.
Errou porque persegue, prende e até mata opositores. Porque contesta e desdenha da fé em Cristã, atacando aquilo que sustenta a esperança e fé dos cristãos. Errou porque trata negros, índios, pobres, deficientes e até crianças não como cidadãos, mas como trincheiras políticas, usados como escudo em sua guerra ideológica.
Errou porque apoia terroristas e cria grupos para invadir propriedades alheias, desrespeitando o direito à vida e ao trabalho. Errou porque apoia a promiscuidade, a prostituição, o aborto, o roubo, facções criminosas, traficantes e a corrupção em larga escala.
E ainda querem se apresentar como democratas. Mas de democracia não têm nada. O que a esquerda chama de democracia é, na prática, o enfraquecimento das instituições, o ataque às liberdades individuais e a perseguição de quem ousa pensar diferente.
Essa é a resposta que Lula e seus companheiros não deu — e que nós precisamos dar com clareza: o fracasso da democracia não está no povo, mas sim na esquerda que insiste em usá-la como palco para encenar virtudes que não possui.
É fácil proclamar “democracia”, “soberania”, “cidadania”. Difícil é respeitar essas palavras na prática. A esquerda fala muito — mas age pouco — no sentido que importa. A seguir, 6 pontos que expõem essa contradição:
Apoio a regimes autoritários e corroção da democracia latino-americana
Muitos governos autodenominados de esquerda no continente colaboraram ou apoiaram regimes autoritários que cerraram liberdades civis, cercearam imprensa e perseguiram opositores.
Na América Latina, há décadas, vem ocorrendo um retrocesso democrático: casos como Venezuela e Nicarágua são hoje regimes declaradamente autoritários e repressivos.
Em diversos estudos, constata-se que as democracias da região não se fortaleceram: ao contrário, sofreram erosão institucional, poder concentrado no Executivo, manipulação de regras eleitorais e enfraquecimento dos freios e contrapesos.
Conclusão deste ponto: não basta eleger “progressistas” — se eles toleram ou encorajam modos autoritários, a democracia é desvirtuada.
Instituições participativas vazias — discurso sem ação
Alguns governos de esquerda criaram conselhos, instâncias “participativas” ou “orçamento participativo” como fachada. Mas muitas vezes essas instâncias eram controladas pelo aparelho partidário, sem poder real nem autonomia.
O controle partidário ou burocrático dessas instâncias impede que elas sejam ambientes verdadeiramente horizontais, onde cidadãos atuem livremente, fiscalizem e incidam nas decisões.
Ou seja: a esquerda fala em “participação”, mas transforma participação em instrumento de controle.
Valorização de identidades como trincheira política
A esquerda reivindica representar negros, indígenas, pobres, crianças. Mas com frequência essas identidades se tornam instrumentos — trincheiras para mobilização política, mais do que reconhecimento de cidadania verdadeira.
Há casos em que o discurso identifica e segmenta, mais do que une.
Isso contribui para a polarização: em vez de modo de emancipar, muitas vezes é modo de controle e divisão.
O relativismo de valores centrais: fé, família, moral
Muitos discursos de esquerda relativizam ou atacam instituições tradicionais: família, fé e moral cristã.
Isso cria uma tensão: enquanto proclamam “direitos”, “liberdade”, acabam por desafiar valores fundamentais para milhões de cidadãos que sustentam o tecido social.
Se se coloca oposição à fé ou à família como “atraso”, automaticamente se cria um antagonismo moral com vastas parcelas da população.
Perseguição política, controle das instituições e criminalização da oposição
Em regimes de esquerda que descambaram para o autoritarismo, tiveram prisões arbitrárias, limitação do direito de expressão e de protesto, perseguição a quem discordava.
Não é raro que aliados de outros partidos, mídias independentes e vozes dissidentes sejam rotulados de “inimigos”, “fascistas”, “traidores” — reduzindo o debate democrático.
O controle ideológico permeia instituições judiciais, órgãos estatais, aparelhos de segurança — inclusive com uso seletivo da justiça para punir adversários.
O discurso da “soberania” invertido: quem realmente é soberano?
Eles dizem “soberania”, mas não remetem ao país: remetem a si mesmos no poder.
A soberania real é da Constituição, do povo, das instituições. Quando o discurso assume que o “poder no executivo” é o soberano supremo, a democracia é subvertida.
Ou seja: falam de soberania, mas praticam centralismo autoritário — o poder concentrado é o soberano, não a Carta Magna.
Esse editorial é uma réplica contundente à fala vazia de quem julga perguntar “onde erramos?”. A resposta está clara: erraram porque a esquerda transformou democracia em slogan, extinguiu a prática democrática consistente, governou para agradar aparatos, ignorou valores fundamentais e permitiu — ou praticou — autoritarismo.
























