Por Mário Plaka (*)
Desde os primórdios, os tiranos temeram os pensadores. Perseguiram, prenderam e calaram aqueles que ousavam questionar. Em seu lugar, colocaram os medíocres — manipuláveis e submissos — para criar leis que protegem o poder e punem o povo. E é assim, com discursos ensaiados e canetas obedientes, que uma nação começa a ser destruída.
O Brasil, um país rico, forte e abençoado por Deus, vem sendo corroído por dentro. Lideranças sem coragem nem sabedoria ocupam o Senado e a Câmara, e, em vez de defender o cidadão, criam leis que desmontam os alicerces da pátria: a fé, o trabalho, o senso de pertencimento e, principalmente, a família.
A mais recente delas é a chamada Lei da Misoginia, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado Federal e que agora deve seguir para a análise da Câmara dos Deputados. Dizem que é para combater o ódio contra a mulher, mas, na prática, abre caminho para a criminalização da convivência natural entre homem e mulher. Basta que alguém se sinta ofendido — não importa o contexto ou a intenção — para que um homem seja processado e até preso. O crime foi equiparado ao de racismo, tornando-se imprescritível e inafiançável.
Estão transformando as relações humanas em um campo minado. O homem vive com medo de falar, de agir e até de existir, enquanto a mulher é colocada numa redoma simbólica de intocabilidade. Isso não é igualdade — é manipulação, e serve a um projeto maior: destruir o equilíbrio que sustenta a sociedade.
Quando a lei muda conforme o interesse dos que mandam, a justiça morre. O que vemos é um plano de destruição da consciência e da família — porque quem destrói o lar, destrói o amor, e quem destrói o amor, destrói a alma da nação. Um povo sem raízes é facilmente dominado. É isso que eles querem: um país de andarilhos, sem fé, sem rumo e sem coragem de pensar.
Querem acabar com os pensadores, como sempre fizeram na história, porque o pensamento livre é a maior ameaça ao poder tirânico. E quando uma sociedade começa a criminalizar a palavra, o diálogo e a diferença entre homem e mulher, ela já está no caminho da servidão. Enquanto houver quem pense, ainda há chance de o Brasil não se ajoelhar.
























