Por Mário Plaka (*)
Em 2023, quase 1 em cada 5 jovens brasileiros de 15 a 29 anos não estudava nem trabalhava — quase 10 milhões de vidas estagnadas. Ao mesmo tempo, 67% dos trabalhadores disseram que o estresse mina sua rotina, e 30% já apresentam sinais de burnout. Os números são claros: estamos cultivando uma geração que sobrevive, mas não cresce.
E a pergunta é inevitável: quem são os culpados? A política que não garante escolas de qualidade e oportunidades reais de emprego? Os governos locais que falham em oferecer apoio básico às famílias? As lideranças comunitárias e religiosas que preferem o discurso vazio à formação concreta? Ou nós mesmos, famílias e cidadãos, que muitas vezes fechamos os olhos para essa realidade dentro de casa?
A evasão escolar não nasce do nada. Muitos jovens abandonam os estudos porque são empurrados para responsabilidades adultas cedo demais: gravidez precoce, erotização banalizada, sexualidade explorada sem a devida maturidade e responsabilidade. Em vez de orientação sólida, recebem estímulos rasos que desviam sua trajetória. Some-se a isso a falta de apoio emocional, de exemplo e de propósito — e o resultado é uma juventude desarmada diante do futuro.
E não basta levantar prédios escolares modernos. O verdadeiro pilar da educação está no ser humano: no professor mal remunerado, no porteiro que acolhe, no servidor da cantina que cuida, no educador que ensina. Sem valorização e suporte a esses profissionais, qualquer investimento em tijolos será apenas fachada. Não há crescimento onde os que cuidam de formar mentes são tratados como descartáveis.
Mas é preciso ir além: essa desestruturação não é apenas um acidente social. Ela é parte de um projeto ideológico. O progressismo, o socialismo e o comunismo trabalham de forma planejada para destruir a fé cristã, enfraquecer a família e corroer os pilares do Estado. Quando a família perde sua força, perde também o estímulo de vida. E um povo sem fé, sem valores e sem base familiar se torna presa fácil de sistemas autoritários que desejam se perpetuar no poder. A estratégia é clara: estimular a promiscuidade, a relativização da moral, a banalização da sexualidade, enquanto se mina a espiritualidade e o senso de propósito.
A verdade é que todos têm parte nessa conta. Quando falta escola que inspira, quando falta trabalho que dignifica, quando falta voz que encoraje, sobra uma multidão de jovens sem rumo e trabalhadores exaustos. A sobrevivência se torna rotina — e o país inteiro empaca.
Mas a vida não foi feita para o estático. Sobreviver é ficar de pé, crescer é caminhar. E um povo que apenas resiste, sem avançar, está condenado a repetir sua própria estagnação. O chamado é urgente: governos, líderes, famílias e cidadãos precisam transformar estatísticas em ação. Porque cada novo dia não deve ser apenas suportado — deve ser vivido como degrau para algo maior.
E aqui entra um ponto que não pode ser silenciado: a segurança pública. Enquanto drogas circulam livremente, muitas vezes com o silêncio — ou até o incentivo — de políticos, jovens são seduzidos a acreditar que a autodestruição é caminho aceitável. Pior: em nome de um progressismo vazio, multiplicam-se programas que banalizam a sexualidade e relativizam responsabilidades. Esse é o terreno fértil onde se planta a estagnação e se colhe a perda de soberania de um país.
Não há nação forte sem juventude forte. Não há crescimento onde se estimula vício e degradação. Cabe aos políticos assumir a responsabilidade de investir, de forma séria e concreta, na segurança pública. Não com discursos, mas com ação, com presença ostensiva, com políticas que defendam a vida, protejam as escolas e devolvam às famílias a esperança de futuro.
Porque sobreviver é apenas existir. Mas crescer é resistir, avançar e conquistar. Um Brasil que cresce não pode mais aceitar ser refém do comunismo, do socialismo do progressismo da omissão e da conivência.
























