Por Mário Plaka (*)
Imagine o Brasil inteiro acordando num dia qualquer e dizendo: “Hoje não!, amanhã também não, semana que vem também não”.
Até quando este governo vai aguentar o povo em casa?
O médico não vai ao hospital, porque já cansou de salvar vidas enquanto os políticos roubam a saúde.
O professor não vai à escola, porque já se cansou de ensinar democracia enquanto os senhores do poder rasgam a Constituição.
O aluno não vai à aula, porque já aprendeu a maior lição: que a lei só vale para quem não tem dinheiro ou influência.
E os juízes? Ah, esses não vão ao tribunal. Talvez percebam, no silêncio das ruas, que o povo não aguenta mais suas canetadas seletivas, seus discursos “jurídicos” recheados de conveniência e suas capas que escondem mais vaidade do que justiça.
Os poderosos, trancados em seus palácios, irão se olhar no espelho dourado e descobrir que sem o povo não existe governo, não existe riqueza, não existe país. Eles, acostumados a brincar de imperadores, verão que seus tronos são de areia — e que basta o povo cruzar os braços para o castelo desmoronar.
E então, talvez, no susto do silêncio, entendam que não se governa com abuso de poder, nem com farsas jurídicas, nem com a mentira de que o povo é livre enquanto é mantido de coleira.
Nesse dia, o Brasil não estará calado: estará rindo, de forma irônica, da cara daqueles que sempre acreditaram que o poder era deles.
























