Por Mário Plaka (*)
É difícil entender o comportamento dos que se dizem conservadores, patriotas, defensores da pátria. Falam em Deus, família e liberdade, mas na hora da ação, se calam. Tornaram-se tímidos, hesitantes, amedrontados. E enquanto eles hesitam, os outros avançam.
Randolfe Rodrigues, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias — todos os dias estão nas manchetes, nas tribunas, nos gabinetes do Supremo, protocolando representações, fazendo pressão, criando narrativas. Eles se movem. Errados ou certos, se movem. Já a direita, aquela que diz lutar pelos valores morais e éticos, se esconde atrás da desculpa do medo, da perseguição, da censura.
Mas quem não tem coragem não deve buscar uma cadeira no Parlamento. Quem não tem força para enfrentar o sistema não merece o voto do povo. O mandato é para lutar, não para reclamar. É para agir, não para se justificar.
Deputados, senadores, conservadores: o povo que acreditou em vocês está decepcionado. Está cansado de discursos, de notas, de posts ensaiados nas redes sociais. Está cansado de ver vocês se acovardando diante das arbitrariedades, dos abusos e da destruição da soberania nacional. Enquanto vocês silenciam, ONGs financiadas por interesses externos avançam sobre nossas leis, sobre nossas escolas, sobre a consciência das novas gerações — e vocês apenas observam.
E o mais vergonhoso é ver que, em vez de uma ação prática, direta, concreta, a maioria de vocês prefere produzir conteúdo para a internet. O povo esperava coragem, esperava enfrentamento, esperava altivez. Mas o que se vê é uma direita de bastidores, de likes e de discursos prontos. Ninguém bate no peito para defender, de fato, o povo e a soberania. Ninguém enfrenta de verdade a pauta da anistia geral e irrestrita. De vez em quando, fazem um movimento tímido — mas enquanto o governo e a esquerda se mobilizam, vocês permanecem parados. É uma vergonha o que está acontecendo com a representação conservadora neste país.
O povo já percebeu. Basta abrir um grupo de WhatsApp ou entrar numa sala do X para ver a indignação estampada em cada comentário. O brasileiro conservador sente-se traído, abandonado, órfão de liderança.
É hora de ação. É hora de coragem. Não se defende uma nação com medo. Quem jura representar o povo precisa agir como povo: com bravura, com fé e com compromisso real. A direita precisa sair das palavras e entrar na história — ou será lembrada como a geração que se calou quando o Brasil mais precisou dela.
























