Por Mário Plaka (*)
Há um tipo de dor que não nasce da morte, mas da desordem. É o golpe silencioso que atinge famílias quando descobrem que os restos mortais de seus entes queridos simplesmente desapareceram dentro do próprio cemitério onde deveriam repousar em paz. Não é exagero. Não é caso isolado. É uma ferida aberta em várias cidades brasileiras.
Nos bastidores dos muros e das alamedas silenciosas, o que deveria ser o território do respeito virou território da confusão. Sepulturas trocadas. Registros incompletos. Exumações feitas sem autorização. Túmulos comercializados de forma irregular, como bilhetes clandestinos. Em alguns lugares, a desorganização já virou rotina e deixou de causar espanto, o que é ainda mais grave.
E quando chega a hora de localizar um corpo para uma exumação necessária, a realidade aparece nua e crua: ninguém sabe ao certo onde está quem deveria estar ali. Livros antigos rabiscados, páginas soltas, mapas tortos, coordenadas imprecisas, funcionários sem qualificação e administrações que preferiram empurrar o problema para o próximo mandato. É o famoso “deixa assim mesmo”, como se a morte fosse só mais um setor esquecido da prefeitura.
Só que não é burocracia. É dignidade.
A dor de uma família diante do sumiço dos restos mortais é impossível de medir. Como aceitar que o último lugar de descanso virou um labirinto. Como entender que um cemitério particular, que cobra caro por cada palmo de chão, não consegue localizar uma sepultura. E se até os particulares patinam assim, imagine os públicos.
A responsabilidade é direta: município, prefeitura, administradores e concessionárias. A violação de túmulo é crime. Registros feitos de qualquer jeito geram danos. E quando o dano envolve a memória de alguém amado, a Justiça não tem sido leve. Indenizações altas já recaem sobre gestores que tratam cemitério como garagem de pedra.
Só que existe uma saída.
Depois de anos testemunhando esse caos, vivendo a rotina de parques, jardins e cemitérios e encarando de perto a bagunça dos registros antigos, nasceu um sistema completo, auditável e digitalizado. Ele organiza desde a marcação do velório até o dia e a hora do enterro. Nada fica solto. Nada fica sem rastreio. Tudo é transparente, consultável e padronizado. O sistema já está disponível para cemitérios públicos e particulares e foi criado com um único objetivo: proteger famílias do sofrimento que não precisaria existir.
Porque um cemitério não é apenas um endereço. É um pedaço da memória de alguém. Um campo onde repousam histórias, não números jogados dentro de um livro velho. E qualquer município que insiste no improviso já deveria ter percebido que improvisar ali é brincar com o sentimento mais sensível que existe.
É hora de acordar. É hora de transformar descuido em respeito.
Quando o último adeus vira incerteza, é sinal de que algo muito vivo está errado. Mas agora existe tecnologia para consertar isso. Falta apenas vontade de fazer direito.
Estamos criando um sistema totalmente inovador no quesito administração de cemitérios. Contato 31 98686-4113.
























