Por Mário Plaka (*)
Nos últimos dias, temos visto discussões políticas rasas no Vale do Aço. Rasa é a palavra certa. São debates conduzidos por pessoas que muitas vezes não sabem o que dizem — e pior, não sabem o que fazem. Parte dos que ocupam cadeiras nas Câmaras Municipais parece não compreender a missão que assumiram: fiscalizar, planejar e agir pelo bem dos municípios. Porque é nos municípios que tudo começa.
Falam que a segurança pública do Vale do Aço está um caos. Não é verdade. Temos, sim, problemas pontuais — como toda cidade brasileira —, mas no geral, a nossa segurança é exemplar. A Polícia Militar e a Polícia Civil estão de parabéns.
Agora eu pergunto: quantos latrocínios tivemos nos últimos cinco anos? Quantos assassinatos de pessoas honestas e trabalhadoras? Poucos. Os números mostram que a violência aqui é muito menor do que tentam pintar.
O problema não é a segurança. O problema é a forma como vendem a imagem da nossa região. Há quem tente denegrir o Vale do Aço para justificar incompetência e falta de trabalho. Essa propaganda negativa é o verdadeiro crime.
O Vale do Aço é próspero. Tem indústria, comércio forte, serviços diversos e um povo trabalhador. É uma das melhores regiões de Minas Gerais para se viver. E quando o cidadão aprende a cuidar da sua rua, da limpeza pública, do seu ambiente, ele está cuidando da própria cidade. A prosperidade começa com o respeito pelo lugar onde se vive.
Lembro bem quando vi prefeitos, vereadores e lideranças da região indo a Belo Horizonte com o pires na mão, dizendo que o Vale do Aço era pobre. Aquilo me incomodava. O Vale do Aço nunca foi pobre — o que sempre faltou foi liderança com visão.
Anos atrás, quando eu era presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, falei na Assembleia Legislativa sobre o valor e a riqueza do nosso Vale do Aço: uma região de cidades prósperas, próximas, com potencial humano e industrial gigantesco. Falei de um sonho — o sonho da Região Metropolitana do Vale do Aço.
Quando terminei, todos aplaudiram de pé. Aplaudiram a verdade: o Vale do Aço é grande.
Hoje, o sonho é realidade, mas muitos dos que comandam a chamada Agência Metropolitana não têm compromisso com o desenvolvimento regional. Transformaram o órgão em cabide de empregos. O Vale do Aço não precisa de apadrinhamento político — precisa de gestão, planejamento e união.
Temos aqui uma região segura, ordeira e trabalhadora. Temos as mais belas cachoeiras, uma natureza exuberante e um povo que acredita no progresso. O que falta é parar de falar mal da nossa terra e começar a valorizá-la.
O Vale do Aço não é caos. É força. É trabalho. É futuro.
Temos muito a melhorar, sim, mas vivemos numa das melhores regiões de Minas Gerais para se viver e trabalhar.
Quem insiste em dizer o contrário, ou não conhece o Vale do Aço, ou tem interesse em destruí-lo com narrativas políticas baratas.
Aqui é o Vale do Aço. Aqui é trabalho, é dignidade, é segurança.
























