Por Mário Plaka (*)
Enquanto o governo esconde gastos de mais de um bilhão em viagens, a farra da esbanja corre solta — às escondidas, debaixo do manto do sigilo. É banquete de luxo para poucos e conta amarga para muitos.
E o povo, como está?
Tá com a corda no pescoço!
Aumento de impostos, cortes em saúde, educação, segurança pública, preservação do meio ambiente e tantas outras áreas que são a espinha dorsal de uma nação. O povo sangra, o povo chora, o povo se cala, porque até reclamar virou crime.
É como diz o ditado: “Deixa a carne pra nós, e rói o osso.”
Só que a vida dessa gente lá em cima está um colosso!
Enquanto para o povo sobra só o grosso, o osso e o caroço da fruta que eles devoram no banquete do poder.
E nesse banquete maldito, cumpade, não falta cadeira.
Sentam juntos os três poderes, sentam juntos aqueles que juraram defender a Constituição, a igualdade e a justiça. E ali, na mesma mesa, eles brindam o suor, o sangue e as lágrimas do povo. Brindam com lagosta, champanhe e vinho doce, como se o sacrifício da nação fosse apenas mais um prato requintado em seu cardápio de privilégios.
Prometeram igualdade salarial, prometeram justiça social, prometeram dar voz ao trabalhador. Mas, no fim das contas, cumpade, o que entregaram foi traição. Promessa farta no palanque, prato vazio na mesa do povo.
E o pior: se o povo ergue a voz, a resposta é a masmorra.
Esse é o “direito popular” que inventaram: cala a boca, obedece e agradece.
Mas até quando, cumpade?
Até quando o povo vai aceitar ser destruído dia após dia por narrativas mentirosas, enquanto eles festejam? Até quando vamos carregar a cruz da injustiça enquanto eles se deitam no luxo do poder?
O que está em jogo não é só economia, não é só política. O que está em jogo é a alma da nação, é o futuro dos filhos, é a dignidade do trabalhador.
Enquanto eles roem a carne e lambem o osso, sobra para o povo a fome, o silêncio e a corda no pescoço.
E o povo como está, cumpade?
























