Por Mário Plaka (*)
Eu acho que os ex-governadores, prefeitos devem ser investigados pelos desvios do dinheiro para a compra de respiradores durante a Covid-19. O povo tem o direito de saber onde foi parar o dinheiro que deveria salvar vidas na pandemia.
Enquanto brasileiros morriam sem oxigênio, governadores, prefeitos e deputados brindavam com vinho caro, compravam carros de luxo e engordavam contas bancárias. Vidas ceifadas em troca de farras palacianas — e ainda tiveram a audácia de culpar o inocente que ocupava a cadeira da Presidência.
Não parou por aí. Autoridades constituídas se beneficiaram do caos, enquanto a imprensa — paga a peso de ouro com dinheiro público — alimentava o terrorismo midiático. Manchetes diárias espalhavam medo em cada esquina; e o pânico matou mais do que o próprio vírus. Muitos morreram de medo de perder a vida, sufocados não pela doença, mas pela propaganda de morte repetida à exaustão nas telas.
E as viagens secretas? Quem pagou as contas? Quem lucrou com os conchavos fora das fronteiras? O que se tramava nos bastidores, enquanto aqui o povo agonizava?
No Senado e na Câmara, atores do teatro da hipocrisia assinavam a peça mais sombria da história recente: proteger corruptos com um manto de silêncio centenário. Querem que a próxima geração nunca saiba o que se tramou na escuridão das gavetas do poder.
Enquanto isso, a imprensa cúmplice joga holofote apenas onde interessa. Escândalos abafados, manchetes seletivas, narrativas fabricadas. O segredo virou arma: cala-se o que compromete, amplifica-se o que manipula. Um conluio perverso entre poder e mídia para anestesiar a consciência nacional.
E quando o povo pergunta “o que há para esconder?”, a resposta é clara: tudo aquilo que não resistiria à luz do dia. São os bastidores de uma elite política que se protege mutuamente, repartindo benesses, contratos e impunidades. Um pacto de silêncio que custa caro ao Brasil, mas garante a eles um banquete eterno.
Voto não tem preço — tem consequências. E quem vota em criminosos entrega de bandeja a chave da cidade, do Estado e da União.
Depois não reclame da desordem, da corrupção e do caos: você também será cúmplice.
(*) Mário Plaka é empresário em Coronel Fabriciano
























