Por Walter Biancardini (*)
O obeso cérebro de “Gordola” acaba de tornar, por 6X1, irreversível a obrigatoriedade das redes sociais se tornarem “editoras” do conteúdo postado por seus usuários – como se fossemos repórteres de um jornal.
Plataformas como YouTube e Facebook nunca tiveram escrúpulos em obedecer, ainda que de forma ilegal, os rosnados censores do Ovo de Toga, mas agora passarão a fazer isso de forma muito mais feroz, persecutória (como sempre) e amparados pela lei, uma legislação feita por um tribunal de exceção.
Todos sabem das quase três dezenas de vídeos meus roubados pelo YouTube, minhas contas extintas no antigo Twitter e as insistentes censuras e bloqueios no Facebook e por isso – não apenas por diletância – tenho cometido as sucessivas ousadias de postar ensaios filosóficos, ao menos até que os proíbam também.
Do mesmo modo, tenho escrito livros até que proíbam e vivido até que eu morra, pois quem poderia fazer algo – de fato, de direito, com poder e influência para isso – ocupa-se atualmente em convidar um ditador assassino para compor chapa em sua delirante candidatura à Presidência da República.
Entendam: o maior problema do Brasil não são seus ditadores, o narcoestado que somos, o tráfico de drogas, o crime organizado, as mortes, a corrupção ou o abandono urbano. Tudo isso pode ser resolvido, basta que exista vontade política.
O maior problema do Brasil é, creiam, seu povo.
Sim, somos nós, já delinquindo desde tenra infância e hipnotizados pela grande mídia, indústria cultural, sistema de ensino e demais fábricas de omissos-passivos, sempre cúmplices de qualquer corrupção ou desmando, desde que o favoreça.
O Brasil morreu, descanse em paz.
Agora somos súditos da China, Rússia, Islã e do narcotráfico. Um admirável mundo novo.