Por Walter Biancardine (*)
Nada melhor que, em um boteco, reunirmos uma roda de amigos em torno da mesa – povoada por uma superpopulação de garrafas de cerveja, pratos vazios de batatas fritas e iscas de peixe já comidas – debochando, rindo e mangando com explícito deboche sobre a verdadeira crise ovariana, protagonizada pelo ministro Luís Carlos Barroso, em celebrada sessão da Corte suprema.
O “Happy Hour” deste último dia útil (para alguns afortunados) da semana merecerá, em definitivo, tal nome: sim, será delicioso vomitar – tal qual nas antigas orgias romanas, pois ainda seremos novamente entupidos – todo o fel e amargura que a referida Corte nos fez engolir. Será a hora de botarmos para fora a mágoa, a amargura de nos sabermos prisioneiros de um estamento burocrático tirano, que paira sobre as cabeças de qualquer um que ostente, publicamente, o ato delinquente de divergir e repudiar a atual narco-ditadura judiciária.
Eles são insaciáveis – agora, a bola da vez é o pastor Silas Malafaia – e já não escondem a verdadeira “chacina eleitoral” praticada com afinco, diariamente, por eles: eliminar, um a um, todo e qualquer parlamentar, influencer ou qualquer pessoa de destaque (vide o caso absurdo de Luciano Hang, tornado inelegível sem jamais haver se candidatado) que apoie Jair Bolsonaro.
Por óbvio o sistema mira nele – inclusive tentando matá-lo – mas, momentaneamente, parece estar fora do jogo. E esta é a razão para a tresloucada atitude de Raboso, perdão, Barroso socar violentamente seu notebook, ou mesmo a aparência – murcha, flácida, tão baloiçante e pendente que sequer generosas doses de Tadalafila ergueriam tal semblante – de Gilmar Mendes, o megaempresário lusitano que, nas horas vagas, faz um bico no Supremo: Donald Trump, presidente da maior potência bélica e econômica do planeta, entrou no jogo. E a favor de Bolsonaro.
Mas no centro disso tudo, ainda teimoso e semi-ereto, está Alexandre o Glande. Tentando usar tudo o que aprendeu nos filmes de Hollywood sobre aparentar frieza e impassividade, dispara sentenças como balas, em metralhadora giratória, e tenta fazer piadas junto a youtubeiros – sim, é o termo – contratados pelo Supremo para “limpar a barra” deles, junto à população internada em hospícios ou telespectadores da falecida TV Globo.
Sem trocadilhos o Glande está no olho, deste furação que se abateu sobre a Corte. Mas que ainda se recusa a soltar a mão do outrora Todo-Poderoso, arrastando com isso todo o colegiado – merecidamente – para o limbo da Magnitsky.
Quando Trump terminar o serviço, incluindo os presidentes da Câmara e Senado – um deles já eleito para a Corte Suprema por Gilmar, o flácido – será então o grande e glorioso dia de vermos a queda do maior conto do vigário já aplicado contra a população brasileira: o governo Lula (todos), a ascensão da esquerda assassina e a narco-ditadura subseqüente.
Bolsonaro avisou: “Vocês não sabem como é fácil instaurar uma ditadura no Brasil”.
Agora sabemos, e quando ela cair – por forças externas, graças à nossa pamonhice – será o dia da mais memorável de todas as sextas-feiras de Happy Hour.
É esperar para ver – mas nunca de boca calada.
























