Por Walter Biancardine (*)
Para a surpresa de ninguém, a presidente do TSE, Cármen Lúcia, declarou ontem que a Corte tomará medidas para impedir que as redes sociais “atrapalhem” nosso límpido, cristalino e indubitável processo eleitoral – em outras palavras, mais claras, as mesmas serão censuradas.
Em seu “depoimento” à imprensa amiga, Cármen alega ser necessário “garantir as liberdades com informação correta”, mero neologismo para censura e manipulação das plataformas digitais, pois o que a mesma considera como “informação correta” são as verdades decretadas pela ditadura togada. Cabe lembrar um fato que hoje se evidencia como clara hipocrisia, quando Cármen manifestou seu voto, a favor da censura, como uma “situação excepcionalíssima” em 2022.
Tal cidadã – misto de Mortícia Adams e Bento Carneiro – ignora solenemente o direito à divergência e manifestações de opiniões, suposições, elocubrações ou até mesmo calúnias, as quais só serão julgadas e condenadas à posteriori de sua publicação. Passa longe de tal enevoada mente os conceitos básicos do direito à livre expressão, do contraditório, e a sombria criatura refugia-se sob a empoeirada toga do ditador Moraes, buscando exterminar a existência de dissidentes – se não fisicamente ao menos virtualmente, nas redes sociais.
Este artigo, por exemplo, no qual exponho opinião pessoal contra a mesma e contra todas as Cortes Superiores do Brasil – bem como seus integrantes – não deveria, em tese, ser censurado. Trata-se de minha visão, particular, sobre o tema e que justifica plenamente o meu (amaldiçoado por muitos) dizer que “não existe jornalismo imparcial”, pois aquilo que enxergo pode não ser idêntico ao visto pelo meu leitor, por exemplo. E só isso já embasa plenamente o sagrado direito à livre expressão de ideias, opiniões e análises, jogando a empoeirada Ministra nos porões sombrios das ditaduras em fim de carreira.
Encerro este artigo, sobre tal e repugnante tema, reproduzindo parte de uma brilhante postagem, feita no X-Twitter, pela jornalista Karina Michelin e que complementa perfeitamente todo o exposto acima:
“Sob o pretexto de combater a desinformação, o contraditório foi eliminado, e o discurso público é controlado por uma elite judicial. Quem decide o que é ‘informação correta’? E quem controla aqueles que nos controlam?
O que presenciamos é o avanço de um autoritarismo judicial sob o pretexto de ‘proteger a democracia’. Sob a bandeira de combater a desinformação, o STF e o TSE agem de forma arbitrária, censurando opositores, restringindo o debate público e promovendo uma agenda política alinhada a interesses específicos. O contraditório foi esmagado, e quem ousa questionar as decisões enfrenta perseguição implacável.
A realidade é inegável: o Brasil já perdeu o direito ao contraditório e à liberdade de expressão. O controle totalitário do discurso público, sob a máscara de ‘justiça’, já está em andamento. Não há mais espaço para opiniões divergentes ou debates abertos. O destino do país está sendo decidido a portas fechadas por uma elite judicial que não responde a ninguém”.
Temos, já, uma longa lista de proscritos no “Index Prohibitorum” da ditadura togada: Alan dos Santos, Terça Livre, Revista Time Line, parlamentares – cuja imunidade foi absurdamente ignorada – cidadãos, manifestantes e pessoas comuns, como eu. A barbárie civilizacional, imposta pelo esquerdismo frankfurtiano (Escola de Frankfurt) do PT, e a opressão levada a efeito pela toga – a qual sabemos, agora, plenamente amparada pelas ilegalidades da USAID, a invadir soberanias e nada respeitar (vide entrevista com Mike Benz) – não terá vida longa, e tais carrascos deverão (PRECISARÃO) responder pelos seus crimes contra a vida, contra as liberdades e direitos básicos, fundamentais, de qualquer ser humano.
O ocaso da ditadura parece se aproximar e, com isso, o desespero os leva a atitudes cada vez mais drásticas, prepare-se.
Mas não pegue a pipoca e fique no sofá assistindo, pois é tudo o que eles querem.
Às ruas, já.