O Irã elevou a tensão no Oriente Médio ao ameaçar fechar o Estreito de Ormuz, principal rota de transporte de petróleo da região, caso os Estados Unidos apoiem Israel no atual conflito. A ameaça provocou forte alta no preço do petróleo, que se aproxima de 80 dólares por barril, acumulando valorização de 30% em duas semanas.
O parlamentar iraniano Seyyed Ali Yazdi Khah declarou à agência de notícias Mehr que o país considerará bloquear o estreito se houver intervenção americana no conflito. A medida seria uma retaliação ao que ele chamou de “inimigo criminoso liderado pela América” em apoio aos “sionistas”.
O possível fechamento do Estreito de Ormuz representa uma séria ameaça ao mercado global de energia, já que a rota é fundamental para o escoamento da produção petrolífera do Oriente Médio. Para o Brasil, as consequências podem ser significativas, com risco de desabastecimento parcial e elevação nos preços da gasolina e do diesel.
A Petrobras, que ajusta seus preços considerando as cotações internacionais, poderá ser pressionada a realizar novos reajustes caso o cenário se agrave. O mercado internacional já reflete a preocupação com uma possível crise energética, evidenciada pela forte alta nas cotações do petróleo tipo brent nas últimas semanas.
Analistas avaliam que um bloqueio do estreito poderia desencadear uma crise energética global, afetando as cadeias de suprimento e pressionando ainda mais a inflação mundial. A situação permanece sob monitoramento das autoridades internacionais, enquanto o mercado aguarda nervosamente os próximos desenvolvimentos da crise.