A Economia se consolidou como a área mais criticada do governo Lula, conforme revela a última pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada entre 19 e 23 de fevereiro de 2025. O levantamento, que ouviu 2.002 pessoas, aponta que 32% dos entrevistados consideram o setor econômico como o pior desempenho da atual gestão.
A escalada dos preços dos alimentos tem sido determinante para a crescente insatisfação popular. A inflação alimentar saltou de -0,5% em 2023 para expressivos 8,2% em 2024, impactando principalmente itens básicos como carnes, café, leite e derivados. O cenário preocupante reflete diretamente na avaliação geral do governo, que registrou aumento de 13 pontos percentuais na reprovação desde novembro de 2024, atingindo 44% de avaliação negativa.
O presidente da CNT, Vander Costa, destaca que a percepção de deterioração econômica e a alta dos preços representam atualmente o principal obstáculo para a aprovação do governo. Os números mostram um contraste significativo com outras áreas da administração federal, como assistência social (22% de aprovação), educação (12,8%) e relações internacionais (10,7%), que mantêm avaliações positivas.
Para tentar reverter o quadro negativo, o governo aposta em duas frentes principais: a queda do dólar, que recuou cerca de 10% nos últimos dois meses, e a expectativa de uma supersafra em 2025. A gestão federal espera que esses fatores contribuam para a redução dos preços dos alimentos, principal fonte de preocupação da população.
O impacto da crise econômica também afetou diretamente a popularidade do presidente Lula, cuja aprovação pessoal caiu de 50% para 40,5%, enquanto sua desaprovação subiu para 55%, representando um aumento de 9 pontos percentuais em relação à última pesquisa. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.