Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) monitora com apreensão o possível anúncio de sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A Casa Branca sinalizou que pode restringir vistos de pessoas consideradas “cúmplices na censura”, em meio a crescentes tensões diplomáticas entre os dois países.
O clima de instabilidade se intensificou após recentes embates envolvendo as big techs e o sistema judiciário brasileiro. O ponto crítico ocorreu entre agosto e outubro de 2024, quando a rede social X ficou fora do ar no Brasil por descumprimento da legislação nacional.
A situação ganhou novos contornos esta semana com a abertura de inquérito para investigar o deputado Eduardo Bolsonaro por sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O parlamentar tem realizado articulações junto ao governo americano criticando decisões judiciais brasileiras.
Nos bastidores do Supremo, ministros avaliam que existe pressão das empresas de tecnologia e de setores do governo Trump por medidas mais duras. No entanto, uma corrente da Corte ainda mantém expectativas positivas quanto à atuação da ala moderada da Casa Branca, que consideraria os importantes laços comerciais e diplomáticos entre as duas nações.
O episódio evidencia o delicado momento das relações Brasil-Estados Unidos, especialmente no que tange às questões envolvendo liberdade de expressão e regulação das redes sociais. Fontes do judiciário indicam que qualquer medida concreta será analisada para definição de possíveis respostas institucionais.