Em meio a debates sobre a desigualdade social no Brasil, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, foi flagrada em um shopping de luxo no Leblon, Rio de Janeiro, durante sua estadia para a Cúpula do Brics. O episódio ganhou destaque pela contraposição ao discurso governamental sobre justiça social. A informação foi revelada pela coluna Radar, da Revista Veja.
A visita ao centro comercial de alto padrão ocorreu na última sexta-feira (3), quando Janja aproveitou um intervalo em sua agenda oficial para experimentar vestidos e biquínis em lojas de grife. Durante o passeio, a primeira-dama distribuiu autógrafos aos frequentadores do local, demonstrando naturalidade em um ambiente que destoa do atual discurso presidencial focado na polarização entre classes sociais.
O momento coincide com a recente estratégia do governo de intensificar o debate sobre a desigualdade econômica, especialmente após o anúncio do aumento do IOF. Assessores próximos defenderam o passeio como uma pausa necessária em meio aos compromissos institucionais da primeira-dama na cidade.
A situação reacendeu discussões sobre o patrimônio do casal presidencial. Registros apontam que o casamento de Janja com o presidente aconteceu quando este já possuía considerável patrimônio, originado principalmente de palestras realizadas para grandes empresas. Além disso, como primeira-dama, ela tem acesso ao cartão corporativo da Presidência.
O episódio evidencia o desafio de equilibrar a imagem pública com escolhas pessoais, especialmente quando há um discurso governamental focado nas disparidades sociais. Enquanto aliados minimizam o ocorrido, críticos apontam contradição entre o estilo de vida e a retórica política adotada pelo governo.
A repercussão do caso levanta questionamentos sobre como as figuras públicas lidam com privilégios e poder, ao mesmo tempo em que precisam manter conexão com as bases populares que sustentam seu capital político.