A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, enfrenta uma nova ação judicial que questiona a legalidade e os custos de sua viagem à Rússia. O processo, protocolado na Justiça Federal do Distrito Federal pelo vereador Guilherme Kister (Novo), pede a suspensão imediata de qualquer pagamento relacionado à viagem oficial.
Janja desembarcou em Moscou no último sábado (3), cinco dias antes da chegada prevista para a comitiva presidencial. Durante sua estadia, visitou pontos turísticos importantes como o Kremlin, o Teatro Bolshoi e o Museu Hermitage, gerando questionamentos sobre a necessidade e os custos dessas atividades para os cofres públicos.
A ação exige que a União apresente, em até 15 dias, toda a documentação administrativa relacionada às viagens internacionais da primeira-dama, incluindo portarias, comprovantes de passagens e diárias. O vereador também solicita uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre esses gastos.
Em abril, a Advocacia-Geral da União (AGU) havia estabelecido orientações sobre a atuação do cônjuge presidencial em compromissos oficiais. O documento determina que a função deve ser voluntária e não remunerada, seguindo os princípios da administração pública previstos na Constituição.
A primeira-dama e o Palácio do Planalto foram procurados para se manifestar sobre o processo, mas ainda não se pronunciaram sobre o caso. A polêmica surge em um momento em que as despesas públicas com viagens oficiais têm gerado debates sobre transparência e uso adequado dos recursos governamentais.