O governo dos Estados Unidos emitiu uma autorização secreta para que a CIA realize operações contra a Venezuela, conforme revelado por uma investigação do jornal The Washington Post. O documento, que veio a público nesta semana, evidencia a escalada das tensões entre os dois países.
A autorização, assinada pelo presidente Donald Trump, permite que a agência de inteligência americana execute “ações agressivas” contra o governo venezuelano. Embora não mencione explicitamente a derrubada do presidente Nicolás Maduro, fontes próximas à administração indicam que as medidas autorizadas podem resultar nesse cenário.
As revelações coincidem com o aumento das operações militares americanas no Caribe. Desde agosto, as forças armadas dos Estados Unidos intensificaram sua presença na região, realizando cinco operações contra embarcações próximas à costa venezuelana. O governo americano justifica as ações como parte do combate ao narcotráfico, alegando que as embarcações são operadas por “narcoterroristas”.
O mais recente ataque ocorreu na última terça-feira, quando forças americanas bombardearam um barco na costa venezuelana. O balanço das operações militares na região contabiliza 27 mortes até o momento. Questionado sobre a possibilidade de “eliminar Maduro” durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump evitou responder diretamente, limitando-se a afirmar que “a Venezuela está sentindo a pressão”.
A presença militar americana na região inclui navios e submarinos posicionados estrategicamente em águas internacionais do Caribe, demonstrando uma clara demonstração de força contra o governo venezuelano. Analistas internacionais interpretam a autorização à CIA como mais um elemento na crescente pressão americana sobre o regime de Maduro.
























