Os Estados Unidos enviaram uma poderosa frota naval para o Caribe, incluindo três destróieres equipados com mísseis, provocando uma reação imediata do governo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de paramilitares em resposta ao que considera uma ameaça à soberania do país.
A movimentação militar americana inclui os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, além de um submarino nuclear e aviões de reconhecimento P8 Poseidon. O Pentágono justifica a operação como parte do combate ao narcotráfico na região, após ordem emitida em 8 de agosto para enfrentar cartéis latino-americanos classificados como organizações terroristas.
Em paralelo à movimentação militar, o governo americano elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado pelo Departamento de Justiça de liderar o Cartel de los Soles. O presidente venezuelano reagiu com duras críticas ao que chamou de “ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”.
A operação americana mobiliza mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros, integrantes do Grupo Anfíbio de Prontidão Iwo Jima e da 22ª Unidade Expedicionária. Segundo fontes do governo americano, as atividades devem se estender por vários meses em águas internacionais.
A Milícia Nacional Bolivariana, criada em 2007 por Hugo Chávez e hoje parte integrante das Forças Armadas venezuelanas, será a principal força de defesa mobilizada por Maduro. O contingente atual conta com aproximadamente 5 milhões de reservistas, prontos para defender “mares, céus e terras” do país, segundo palavras do próprio presidente.
A escalada de tensão ocorre em um momento de intensificação das ações americanas contra organizações criminosas na América Latina, incluindo a recente classificação do Cartel de Sinaloa mexicano e do grupo venezuelano Tren de Aragua como organizações terroristas globais.
























