Em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou sanções internacionais e defendeu uma ordem mundial mais equilibrada, com ênfase no combate às desigualdades e fortalecimento da democracia.
O presidente brasileiro destacou a importância da defesa das instituições democráticas, citando como exemplo a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula enfatizou que o Brasil demonstrou ao mundo sua capacidade de resistir a ameaças antidemocráticas, reforçando o papel do devido processo legal e da justiça.
No campo internacional, o mandatário brasileiro defendeu a América Latina como zona de paz e criticou o uso desproporcional da força em conflitos globais. Sobre a situação em Gaza, condenou tanto as ações do Hamas quanto a resposta israelense, classificando a atual situação como genocídio.
Lula abordou temas econômicos e sociais, propondo medidas como o aumento da tributação sobre grandes fortunas e o alívio da dívida de países pobres. O presidente celebrou a saída do Brasil do mapa da fome, mas alertou para os 670 milhões de pessoas que ainda enfrentam insegurança alimentar no mundo.
A regulamentação da internet também foi tema do discurso, com o presidente defendendo regras mais rígidas para proteger crianças e adolescentes, sem comprometer a liberdade de expressão. Lula ressaltou que o ambiente virtual deve seguir as mesmas regras do mundo real.
O líder brasileiro reforçou a necessidade de reforma nas instituições multilaterais e criticou ações unilaterais que prejudicam a cooperação internacional. Em sua visão, a democracia vai além dos processos eleitorais, exigindo redução das desigualdades e garantia de direitos fundamentais.
O discurso encerrou com um chamado à comunidade internacional para fortalecer o multilateralismo e buscar soluções diplomáticas para os conflitos globais, reafirmando o papel do Brasil como defensor do diálogo e da cooperação entre as nações.
























