O USS Gerald R. Ford, maior e mais moderno porta-aviões do mundo, chegou à América Latina para reforçar a presença militar dos Estados Unidos na região. A embarcação, com capacidade para mais de 5.000 marinheiros, integra-se a uma frota que já conta com oito navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35 no Caribe.
A chegada do porta-aviões acontece em um momento de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela. O Pentágono afirma que a missão visa combater o narcotráfico e desmantelar organizações criminosas transnacionais na região, enquanto o governo venezuelano interpreta a movimentação como uma tentativa de pressão política.
A presença militar americana na região já resultou em 19 operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, com um saldo de 76 mortes. Em resposta ao reforço naval, o presidente venezuelano Nicolás Maduro alertou sobre possíveis retaliações, prometendo mobilizar a população em caso de intervenção externa.
O cenário se complica com o aumento da recompensa oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à captura de Maduro, elevada para US$ 50 milhões. As autoridades americanas acusam o líder venezuelano de manter vínculos com organizações criminosas e narcotraficantes, alegações que ele nega veementemente.
A situação também provocou atritos diplomáticos com países vizinhos, especialmente a Colômbia, onde desentendimentos públicos entre os presidentes Donald Trump e Gustavo Petro evidenciam o clima de instabilidade política na região. A chegada do USS Gerald Ford representa uma demonstração significativa de força militar americana, aumentando as preocupações sobre possíveis escaladas no conflito.
























