Donald Trump rejeitou nesta sexta-feira (11) possíveis negociações imediatas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as tarifas comerciais impostas ao Brasil. O líder americano vinculou qualquer diálogo futuro ao que considera um tratamento injusto dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos milhões de eleitores pela Justiça brasileira.
A declaração ocorreu durante entrevista coletiva na Casa Branca, quando Trump foi questionado sobre a possibilidade de rever o imposto de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado na última quarta-feira. “Talvez em algum momento eu fale com Lula, mas agora não vou. Ele está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta”, afirmou o presidente americano.
A Casa Branca formalizou as novas tarifas por meio de carta ao governo brasileiro, com início previsto para 1º de agosto. O documento cita como principal justificativa o que Trump classificou como “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Durante a coletiva, o presidente americano também teceu elogios ao ex-mandatário brasileiro, descrevendo-o como “um homem muito honesto que ama o povo brasileiro”.
O Palácio do Planalto reagiu descartando a possibilidade de negociações políticas sobre as tarifas, insistindo que as discussões devem permanecer no âmbito técnico. Enquanto isso, aliados de Bolsonaro, como Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, sugerem que as tarifas poderiam ser suspensas caso o Brasil encerrasse os processos judiciais contra o ex-presidente.
A situação evidencia como as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos estão sendo impactadas por questões políticas, especialmente após uma intensa mobilização de aliados de Bolsonaro em Washington nos últimos seis meses, incluindo articulações do deputado Eduardo Bolsonaro e do comentarista Paulo Figueiredo junto a diferentes departamentos do governo americano.
























