Neimar Fernandes (*)
Na presidência do senado sai Pacheco entra Alcolumbre, os dois citados várias vezes em diversos processos. Hugo Motta, também envolvido em denúncias é eleito presidente da Câmara e ambos chegaram mandando recados duros para o Executivo.
Agora, seis meses após a posse e estabilizados junto às bancadas, tentam acordos, na surdina, com o Judiciário para blindagens dos dois lados. Nas gavetas do presidente do Senado estão guardados, a sete chaves, pedidos de impeachment contra os ministros Gilmar Mendes, Dias Tóffoli, Alexandre de Morais, Edson Fachin, Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski que são moedas fortíssimas para trocas de favores entre legislativo e judiciário.
E a pantomima continua:
Tóffoli, em uma canetada, acaba com toda a Lavajato, inocenta réus, solta presos e só falta mandar estornar mais de 12 bilhões de reais recolhidos aos cofres públicos através de acordos de leniência.
STF manteve por 6 anos na fila, um pedido de fornecimento de medicação especial, relatado pelo então ministro Marco Aurélio, mas a mineira Alcirene Oliveira não viu o desfecho do processo. Ela morreu antes.
Em decisões monocráticas ministros atropelam os fatos, censuram publicações, proíbem investigações e orientam ações do Ministério Público e da Polícia Federal. Quando a pressão aumenta se ajeitam entre as turmas ou no plenário.
Sem contar as constantes decisões atropelando o Congresso Nacional, interferindo no executivo e impedindo a adequação de todas as instâncias administrativas aparelhadas nas duas últimas décadas.
Precisa tudo isso?
Bilhões de reais ainda são desviados de aposentadorias, consignados, hospitais, postos de saúde, medicamentos populares, enquanto milhares de pacientes morrem sem assistência, crianças que não têm o que comer em casa ainda ficam sem a merenda escolar. Professores se esforçam para ensinar em escolas abarrotadas e caindo aos pedaços e até doações a entidades como Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras somem sem chegar ao destino.
Me causa espanto como todos esses escândalos somem do noticiário em um passe de mágica. Bolsonaro e família ainda têm uma árdua batalha pela frente, mas vão continuar sendo o escudo protetor para mudar o foco da imprensa sempre que a situação ameaçar sair de controle. Tem sido assim desde o primeiro dia que Bolsonaro assumiu a presidência. Passou pela Covid, escândalos desenfreados de consórcios para compras de medicamentos e aparelhos respiratórios, falta de vacinas, de oxigênio, acusações que se verificaram infundadas e de responsabilidade dos acusadores. Deixou o poder, mas a saga persecutória não diminuiu, ao contrário, tornou-se poderosa ferramenta para direcionar toda a culpa pelos fracassos e malfeitos do novo governo. Sinceramente, acho melhor procurarem bandidos em outros lugares.
Governo Lula escancara aproximação com China, Rússia, Irã, Hamas, intermediação em comércio ilegal para burlar bloqueio americano, suspeita de fornecimento de material radioativo com autorização para ancoragem de navio de guerra iraniano junto às usinas de Angra dos Reis, fracassos diplomáticos nos quatro cantos do mundo, gastança desenfreada, déficit nas alturas, aumento exagerado de taxas e impostos, recados desafiadores e descalibrados aos Estados Unidos e aliados, mas querem fazer crer que as sanções, sim sanções e não simples tarifaço, são culpa da família Bolsonaro.
Parte considerável de brasileiros rotulam de bolsonaristas, fascistas, negacionistas, repetindo e propagando a cantilena como se fossem uma turba encantada ao som do flautista de Hamelin, que embora popularizado como conto de fadas, tem raízes em fato real. São incapazes de uma simples pesquisa ao alcance das mãos em quaisquer veículos sérios e isentos. O apego a uma doutrina esganiçada e que deu errado em 100% dos países onde foi tentada, os impede de enxergar a verdade: agora não serão apenas crianças desaparecidas, estamos marchando rumo ao colapso de uma nação.
Acho que basta, né!
























