Por Mário Caetano de Souza (*)
Circula nos bastidores do Itamaraty a informação de que o governo brasileiro estaria arquitetando um resgate clandestino de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Algo semelhante ao que já ocorreu com a ex-primeira-dama do Peru, que foi trazida ao Brasil quando estava prestes a ser presa por seus crimes e delitos. A denúncia veio à tona pelo “site Defesa Net”, mas a grande imprensa permanece em silêncio.
Se for verdade, e se houver generais, forças militares e agentes de segurança envolvidos nessa operação, isso significa colocar em risco a soberania nacional. Não é um simples gesto diplomático — é uma movimentação que pode arrastar o Brasil para uma crise internacional, cujas consequências cairão sobre o povo brasileiro, e não sobre aqueles que ocupam os gabinetes do Planalto.
É preciso perguntar: soberania de quem? Soberania para quem?
Se a soberania do Brasil está sendo usada para proteger um narcotraficante e ditador estrangeiro, então não é soberania, é submissão.
O Congresso Nacional não pode se calar. O Senado precisa se manifestar imediatamente, e a Câmara dos Deputados também. Não se trata de direita ou esquerda, mas de defender a transparência e a dignidade da nação. Afinal, quando líderes da esquerda, como Randolfe e Lindbergh, levantaram suspeitas sobre uma suposta “fuga” de Bolsonaro, não faltaram vozes ecoando essas denúncias. Agora, diante de algo muito mais grave, onde estão as mesmas vozes?
Se existem indícios concretos de um plano para resgatar clandestinamente Nicolás Maduro, acusado de crimes contra a humanidade e de envolvimento com o narcotráfico internacional, isso precisa ser colocado às claras. Não pode ser varrido para debaixo do tapete.
O Senado, a Câmara, o Supremo Tribunal Federal e até mesmo o próprio governo federal têm a obrigação de se posicionar. O Brasil não pode ser usado como refúgio de ditadores e criminosos internacionais. O silêncio, neste caso, é cumplicidade.
























