O ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda em recuperação de uma cirurgia no Hospital DF Star, em Brasília, anunciou durante uma videochamada com apoiadores, nesta quinta-feira (1º) que pretende comparecer à manifestação marcada para 7 de maio em apoio à anistia dos condenados pelos eventos de 8 de janeiro.
Durante a conversa virtual organizada por Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ex-presidente demonstrou interesse em participar do evento, mesmo que de forma limitada. “Se tiver condições físicas, pelo menos lá na torre me faço presente”, afirmou Bolsonaro, ressaltando que não poderá caminhar durante a manifestação.
O ex-presidente encontra-se internado há 17 dias, sendo 12 deles na UTI, após passar por um procedimento cirúrgico complexo que durou 12 horas. A cirurgia foi necessária devido a uma suboclusão intestinal, condição relacionada ao atentado sofrido durante a campanha eleitoral de 2018.
Em relação à sua recuperação, Bolsonaro demonstrou otimismo quanto à possibilidade de retomar a alimentação normal entre os dias 6 e 7 de maio. “Acredito que a partir de sábado, domingo, no máximo, eu largue tudo que é equipamento aqui e comece a viver me alimentando normalmente”, declarou o ex-presidente, que planeja voltar à sua rotina após uma semana de repouso em casa.
Durante a videochamada, Bolsonaro também comentou sobre a situação dos presos relacionados aos eventos de janeiro, classificando as detenções como injustas. Para ele, trata-se de um “crime impossível”, argumentando a ausência de armas e de um núcleo financeiro nas investigações.
A manifestação do dia 7 de maio tem como principal objetivo defender a anistia para os envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro. A presença do ex-presidente, ainda que breve, dependerá fundamentalmente de sua recuperação física nos próximos dias.