A deputada federal Carol De Toni (PL-SC), líder da minoria na Câmara, manifestou-se energicamente contra a decisão unânime da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Em pronunciamento na tribuna da Câmara, a parlamentar classificou o caso como a maior perseguição política e jurídica da história do Brasil.
De Toni questionou a composição do colegiado que julga o caso, apontando possíveis conflitos de interesse. A parlamentar destacou especialmente a participação dos ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes, que classificou como “adversários declarados” do ex-presidente, além do ministro Cristiano Zanin, que anteriormente havia declarado impedimento para julgar Bolsonaro.
A líder da minoria apresentou durante seu discurso um documento com 270 casos do que chamou de “violações às liberdades individuais” por parte do Supremo. Segundo ela, o documento de 30 metros contém denúncias feitas pela própria mídia sobre supostos abusos da Corte nos últimos anos.
A decisão que tornou Bolsonaro réu foi tomada na quarta-feira pela 1ª Turma do STF, que aceitou integralmente a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente e outros sete acusados. Os ministros seguiram o voto do relator Alexandre de Moraes, que apontou a existência de uma “organização criminosa estável” que atuava de forma coordenada.
Em sua manifestação, De Toni também criticou o que considera uma concentração excessiva de poder no Supremo Tribunal Federal, argumentando que “11 pessoas comandam o Brasil” e que o país já não possui uma efetiva separação entre os Poderes. A parlamentar pediu que os presidentes da Câmara e do Senado retomem as prerrogativas do Legislativo.
*Com informações Revista Oeste