Em uma reação internacional à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados republicanos dos Estados Unidos manifestaram forte oposição à decisão judicial brasileira, classificando-a como perseguição política e ameaça à democracia.
A deputada María Elvira Salazar, representante da Flórida, foi uma das vozes mais contundentes nas críticas. Ela classificou a condenação como “um dia sombrio” para o Brasil e alertou que “o mundo está observando”. Em suas redes sociais, a congressista caracterizou o processo como um julgamento encenado, destinado a intimidar e silenciar a voz popular.
O também republicano Carlos A. Giménez amplificou as críticas ao governo brasileiro, chegando a classificar o presidente Lula como “bandido socialista” e Bolsonaro como “prisioneiro político”. As manifestações dos deputados se somaram à reação do ex-presidente Donald Trump, que expressou surpresa e decepção com a decisão judicial.
Em contrapartida, deputados democratas do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes adotaram postura oposta. Em comunicado conjunto, Gregory W. Meeks, Joaquin Castro e Sydney Kamlager-Dove defenderam o processo judicial brasileiro e criticaram a interferência de Trump no caso, especialmente quanto às tarifas impostas ao Brasil.
A condenação de Bolsonaro, definida pela Primeira Turma do STF, estabeleceu pena de 27 anos e 3 meses de prisão por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado. A decisão foi aprovada por 4 votos a 1, com o ministro Luiz Fux sendo o único voto divergente.
O episódio evidencia a polarização da política americana em relação ao Brasil, com republicanos e democratas adotando posições diametralmente opostas sobre o processo judicial brasileiro, refletindo as tensões diplomáticas entre os dois países.
























