O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) percorreu mais de 102 mil quilômetros em viagens internacionais durante 2024, gerando despesas de R$ 3,3 bilhões aos cofres públicos com diárias e passagens de toda a comitiva presidencial. Os deslocamentos, que equivalem a duas voltas e meia ao redor da Terra, incluíram visitas a diversos países em todos os continentes.
As viagens presidenciais, sempre acompanhadas pela primeira-dama Janja e uma extensa comitiva de ministros e assessores, contemplaram destinos como Estados Unidos, México, Itália, Suíça, Colômbia e Egito. Para 2025, já estão programadas novas missões internacionais, com visitas previstas a pelo menos seis países só no primeiro semestre, incluindo Uruguai, Honduras, Japão, Vietnã, Argentina e França.
Os gastos bilionários com as comitivas presidenciais têm gerado debates sobre o uso de recursos públicos, especialmente considerando o atual cenário econômico do país. Enquanto o governo defende as viagens como essenciais para fortalecer relações diplomáticas e comerciais, críticos apontam excessos nos custos e no tamanho das comitivas.
O cronograma internacional do presidente deve manter-se intenso em 2025, mesmo sendo um ano eleitoral. No segundo semestre, estão previstas ainda visitas aos Estados Unidos e à África do Sul, aumentando ainda mais a quilometragem percorrida e, consequentemente, as despesas com deslocamentos oficiais.
As missões internacionais, que consomem expressivos recursos do orçamento federal, são justificadas pelo governo como investimentos necessários para a projeção internacional do Brasil. No entanto, o volume de gastos e a frequência das viagens continuam alimentando discussões sobre a necessidade de maior equilíbrio entre a agenda internacional e as demandas internas do país.