O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do general Walter Braga Netto para impedir a transmissão pública dos interrogatórios relacionados à investigação da suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão mantém a transparência do processo que começou no início desta tarde (9).
Na análise do pedido, Moraes argumentou que a defesa não apresentou evidências concretas de possíveis prejuízos causados pela transmissão pública dos depoimentos. O ministro, no entanto, deixou aberta a possibilidade de reavaliar a decisão caso sejam apresentados elementos que justifiquem o sigilo.
Os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” serão realizados na sala de sessões da Primeira Turma do STF, com transmissão ao vivo pela TV Justiça, Rádio Justiça e canal oficial do Supremo no YouTube. As sessões acontecerão entre os dias 9 e 13 de junho, em horários previamente estabelecidos.
O primeiro, que já está depondo, é o tenente-coronel Mauro Cid, que atua como réu colaborador no processo. Os demais interrogatórios seguirão um cronograma definido pelo ministro relator, que determinou a presença obrigatória dos réus até a conclusão de todas as oitivas.
A decisão reforça o compromisso do Supremo com a publicidade dos atos processuais, permitindo que a sociedade acompanhe o desenvolvimento das investigações sobre os eventos que ameaçaram a democracia brasileira.