WILLIAM SALIBA

Brasil envia ajuda ao Líbano. Macron desembarca em Beirute

Por William Saliba

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou que o governo brasileiro enviará um avião cargueiro militar KC-390 com alimentos não perecíveis, insumos médico-hospitalares e material de construção para o Líbano. O Consulado Geral do Líbano em São Paulo acrescentou que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) parte nas próximas horas para o Beirute, com a ajuda humanitária que está sendo também arrecadada pela Associação Médica Líbano Brasileira (AMLB). A entidade solicita o apoio da população brasileira e da comunidade líbano-brasileira para compra de material médico hospitalar e gêneros de necessidade básica. Quem puder colaborar pode fazer o depósito na conta na AMLB (informações no rodapé desta notícia).


TRAGÉDIA

Nesta terça-feira, 4, duas explosões em um depósito de nitrato de amônia em Beirute devastaram quase metade da cidade. O material é utilizado para a fabricação de pólvora e fertilizantes. Os feridos já passam de 5.000 e há até o momento 138 mortos. Familiares de pessoas que desapareceram após as explosões procuram seus parentes em meio aos escombros.

Os laços entre o Líbano e o Brasil são estreitos desde o final do século XIX, quando o então imperador brasileiro, Dom Pedro II, visitou o país. O Líbano tem hoje em cerca de 5 milhões de habitantes. Entretanto, no Brasil, a comunidade de libaneses e seus dependentes soma aproximadamente 10 milhões de habitantes.

Macron ouve queixas de libaneses

O presidente da França, Emmanuel Macron, desembarcou nesta quinta-feira (6) em Beirute e caminhou em meio a uma multidão nas ruas devastadas da capital libanesa. Ele prometeu coordenar uma ajuda internacional após a explosão que devastou parte da cidade e ouviu gritos de protesto contra a elite política local.

Na antiga colônia francesa, Macron fez o que nenhum líder político libanês havia feito desde a explosão: ir ao porto de Beirute. Dezenas de pessoas cantando “revolução” e pedindo ajuda faziam força contra o cinturão de seguranças, enquanto Macron caminhava por cerca de 45 minutos pela área de Gemmayzeh, a mais atingida pela explosão.

O presidente francês cobrou reformas políticas por parte dos governantes e ouviu vários moradores do bairro. “Se reformas não forem realizadas, o Líbano continuará a se afundar”, disse Macron, que fora recebido no aeroporto pelo presidente libanês, Michel Aoun, mas caminhou sozinho pela região. “O que também é necessário aqui é uma mudança política. Esta explosão deve ser o início de uma nova era” – destacou Macron.

A França enviou um avião com ajuda humanitária e profissionais de saúde para colaborar com o atendimento aos milhares de feridos da explosão. Três hospitais foram completamente destruídos e outros dois sofreram danos.

Serviço:

Para ajudar as vítimas da explosão do Líbano, faça o depósito de qualquer quantia na conta da AMLB:

Associação Médica Líbano Brasileira

CNPJ: 08.326.792/0001-09

Banco Santander

Agência: 1199

Conta: 130009825

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