No último mês de agosto, a Usiminas realizou uma pesquisa com moradores de Ipatinga. Esse estudo de percepção da comunidade é uma das ações previstas no compromisso assinado pela empresa com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em outubro de 2019. O levantamento ouviu 1.140 moradores, de 12 bairros vizinhos à Usina de Ipatinga, e um dos pontos de maior destaque é a avaliação dos moradores em relação à presença das partículas sedimentáveis, o chamado pó preto na cidade.
A pesquisa indicou que, nos últimos meses, houve um aumento de 12 p.p. da percepção de melhora em relação ao tema. Ainda assim, a poluição do ar e o incômodo causado em relação ao pó segue como principal reclamação, quando se fala em meio ambiente e poluição.
O resultado da pesquisa também indica que a maior parte dos moradores (66%) tem uma avaliação positiva da cidade e, entre os motivos mais indicados são a tranquilidade de Ipatinga e a preservação do meio ambiente, com destaque para a presença de áreas verdes. Do total, 85% da população têm conhecimento sobre ações ambientais desenvolvidas na cidade, atribuídas, principalmente à prefeitura municipal e à Usiminas. Já o nível de satisfação em relação a essas medidas subiu no comparativo com levantamentos anteriores, passando de 23% para 34%. Entre os pontos de maior preocupação, em geral, estão a geração de empregos e os serviços de saúde pública.
Ao todo, serão oito rodadas de pesquisas, sendo que duas já foram realizadas. Os questionários foram previamente alinhados com o Promotor de Justiça de Ipatinga e o trabalho de execução do levantamento está sendo realizado pela CP2, empresa de Belo Horizonte com mais de 30 anos de mercado e experiência reconhecida na área
REFORÇO
A melhora na percepção dos moradores em relação ao acúmulo de pó preto nas casas pode ser apontada como resultado das ações que vêm sendo intensificadas pela Usiminas, em reforço aos controles ambientais existentes na Usina de Ipatinga. “Ainda estamos trabalhando na qualificação do material coletado pela nova rede de monitoramento específica para esse material, o que irá nos indicar a contribuição das diversas fontes emissoras. Mas, sabemos que a Usina tem sua participação nesse total e estamos atuando de forma a reduzir, ao máximo possível, a emissão originada das nossas operações”, informa Américo Ferreira Neto, vice-presidente Industrial da Usiminas.
O executivo ressalta que a empresa vem cumprindo as medidas acertadas no compromisso com o Ministério Público e diversas novas ferramentas foram adotadas pela Usina de Ipatinga desde o final de 2019, com foco na redução da dispersão do material particulado. Oito canhões de névoa estão em operação em pontos estratégicos, assim como um lavador de rodas, que retira o material acumulado nas rodas e nos pneus dos caminhões antes que eles saiam da usina.
A empresa também realizou o enclausuramento de alguns equipamentos, de modo a reduzir o carreamento de poeira pelo vento. Os polímeros que vem sendo aplicados nas pilhas de matérias primas também têm esse objetivo. Outra ação já em andamento é a revitalização do cinturão verde, que, ao mesmo tempo que contribui para reduzir a dispersão do particulado, também traz benefícios em relação a ruídos e ao conforto térmico, além de reforçar a área verde da cidade.
REDE AUTOMÁTICA DE MONITORAMENTO
Além dos compromissos firmados com o MPMG, a Usiminas acaba de fazer dois importantes investimentos de forma voluntária: a instalação da Rede Automática de Monitoramento de Particulado (Ramp) e a Central de Monitoramento Ambiental.
A Central reúne, em um mesmo local, o acompanhamento das emissões atmosféricas advindas do processo produtivo e também os resultados aferidos pelas redes de monitoramento de qualidade do ar e partículas sedimentáveis mantidas pela empresa em diferentes pontos de Ipatinga e da Usina. No local, é realizado o monitoramento contínuo das chaminés da usina de Ipatinga e a checagem de toda a unidade com o apoio de mais de 30 câmeras e dos dados coletados pela nova rede interna.
Já a Rede Automática de Monitoramento de Particulados (Ramp) é composta por 31 pontos destinados à captação de dados instalados no entorno do Pátio de Carvão, Coquerias, Sinterização, Altos-Fornos e Aciaria, que permitirão identificar as fontes das principais emissões na planta. A maior parte dos equipamentos é alimentada por energia fotovoltaica e os dados gerados são enviados on-line para o sistema de gestão.
“A Usiminas segue empenhada em garantir a sustentabilidade de suas operações e segue trabalhando em busca de soluções que ajudem a reduzir, ainda mais, o impacto ambiental. Esses dois novos equipamentos são indicativos dessa vontade de avançar e de desempenhar nosso papel de agente de desenvolvimento socioeconômico de forma ampla, tendo como base o diálogo e a construção se soluções conjuntas com a comunidade”, avalia o vice-presidente.
Quer conhecer mais de perto, alguns dos novos mecanismos de controle ambiental da Usina de Ipatinga? Acesse o site e faça uma visita virtual: https://youtu.be/a44AoihS484