O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), começa a organizar a Rede de Atenção à Saúde que irá atender pacientes recuperados de Covid-19 que necessitem de reabilitação. A rede será integrada pelos hospitais de referência de Covid-19, os serviços de Atenção Domiciliar, de Reabilitação, de Urgência e Emergência e de Atenção Primária.
De acordo com a Agência Minas, o fluxo de reabilitação que já existe será ampliado, segundo a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência da SES-MG, Renata Cardoso Vaz. “Nossa intenção é reforçá-lo para assistência a pacientes que se recuperaram de Covid-19 e que necessitam, agora, de cuidado integral, reabilitação e assistência multiprofissional”.
Ainda de acordo com a especialista, estima-se que 50% das pessoas que contraíram o novo coronavírus e passaram por internação longa possam ter sequelas. “Quanto mais longa a internação e a intubação, mais efeitos podem ser observados”, explica.
DEMANDA
O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, ressalta que, desde o início da pandemia, mais de 390 mil pessoas se recuperam da doença em MG. Neste cenário, reforça ele, o Estado está atento para a grande demanda por reabilitação. “Estamos nos adiantando para uma assistência resolutiva e eficiente para a recuperação clínica funcional deste pacientes”.
Live realizada na quarta-feira (2) orientou profissionais de saúde sobre protocolos, fluxos e critérios de risco e contou com a participação dos médicos do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Edgar Nunes de Moraes e Fábio Modesto. Ambos participaram da elaboração da Nota Informativa que estabelece as Recomendações sobre a Organização das Redes de Atenção à Saúde para promover a reabilitação dos usuários que, após infecção pelo SARS-CoV-2, apresentam sequelas funcionais e necessitam da continuidade dos cuidados no Sistema Único de Saúde de Minas Gerais.
ATENDIMENTO ELETIVO
Diante da pandemia da Covid-19, o governo estadual tomou várias medidas de prevenção, enfrentamento e contingenciamento da doença. Desde março, procedimentos eletivos como cirurgias e consultas, por exemplo, foram suspensos para prevenir uma possível sobrecarga na rede pública de Saúde. Também serviços ambulatoriais com a assistência voltada para pessoas que necessitam de reabilitação, hipertensos, diabéticos e odontológicos, entre outros, tiveram atendimento presencial suspenso parcial ou totalmente.
Considerando o risco de piora dos quadros clínicos previamente observados devido ao aumento do tempo de espera e as potenciais repercussões negativas para os resultados cirúrgicos dos pacientes, a SES-MG busca a retomada dos serviços ambulatoriais e hospitalares eletivos de forma responsável e organizada, mediante a ação estratégica Cuida de Minas.