A Tabulare Pesquisa & Inteligência acaba de lançar uma poderosa ferramenta de auxílio aos gestores públicos. Embora seja um trabalho de consultoria permanente visando ‘uma cidade de futuro’, trata-se inicialmente do Plano de Ação Imediata de Gestão – PAIG, que consiste basicamente de montar estratégias inteligentes de ações, em detrimento aos inúmeros desafios que os novos prefeitos terão ao longo do mandato.
“A instabilidade provocada pelo novo coronavírus escancarou de vez a necessidade de se remodelar as gestões públicas, por meio de planejamento para compreender melhor o real impacto de fatores externos”, destaca o analista de números da Tabulare, Edmílson Firmino de Souza, alertando ainda que um dos grandes erros dos gestores é achar que o primeiro ano de governo se limita em ‘arrumar a casa’. “O eleitor é muito ágil na cobrança de resultados a luz das propostas durante a campanha eleitoral”, adverte.
Nessa linha de raciocínio, entende o pesquisador, a importância de um plano de ações emergentes. “Deixar para implantar ações apenas na reta final de gestão é um grande erro dos políticos, principalmente que aos que pretendem continuar no poder ou promover seus sucessores”, afirma.
Apesar de destacar que a sistematização de programas de governo, Edmílson Firmino reconhece a dificuldade de implantar grandes projetos já no início de gestão, por diversos entraves, dentre eles, a ausência de dotação orçamentária. “Entretanto, algumas atividades que até podem parecer simples, mas são impactantes na percepção de uma comunidade”, disse.
Dentro da ferramenta PAIG, o primeiro passo é propor um Levantamento das Informações e realização de um Diagnóstico Situacional sobre Administração e o município. “Parte deste trabalho, possivelmente, já tenha sido iniciado pela Equipe de Transição de Governo, mas deve ser complementado com uma nova metodologia de procedimentos para nortear as ações de Governo”, ressalta.
Por meio de oficinas, esta etapa de trabalho tem a finalidade conhecer e discutir sobre a Administração Municipal seus desafios e as perspectivas do governo. “Imprescindível que sejam partilhadas experiências, atribuições, competências, princípios e outras questões inerentes à administração”, destaca o pesquisador.
O segundo momento da PAIG é a proposição das primeiras ações a partir de um plano de trabalho envolvendo toda a equipe da administração, inclusive os servidores de carreira.
O analista reconhece que a segunda etapa do PAIG que é a efetivação das primeiras ações que não é uma tarefa tão simples, principalmente aos novos prefeitos, que muitas vezes são surpreendidos com os ‘caixas vazios’. “Já acompanhei casos do prefeito assumir uma prefeitura daqui da região com a energia da prefeitura cortada e a documentação fiscal toda amontoada na casa do prefeito antecessor”, conta.
Nesse sentido, o gestor fica totalmente impedido de colocar em prática as tomadas de decisões emergentes. O recomendável, na opinião do pesquisador é capacitar ao máximo a equipe de governo, por meio de análises de procedimentos objetivando enfrentar os desafios e atender pelo menos parcialmente às expectativas da população.
SISTEMATIZAÇÃO DE PROGRAMAS
A partir da terceira etapa do PAIG já é possível vislumbrar a execução de projetos, consolidando a Sistematização de Programas de Governo, levando-se em consideração as propostas globais setoriais, as necessidades prioritárias expressas pela comunidade e os compromissos firmados com os diversos segmentos sociais.
Edmílson Firmino sugere que a partir daí tais procedimentos sejam tomados também por intermédio de pesquisas de opinião, ouvindo a população. Ele explica que, inclusive, por força da lei federal 13.460/2017 é uma obrigatoriedade hoje realizar estudos desta natureza, cujo objetivo é de avaliar os serviços públicos.
‘O BOM GESTOR É AQUELE QUE PROMOVE A DEMOCRACIA’
Com definição de Metas dos Resultados – quarta etapa do PAIG, a idéia é de instituir o Sistema Permanente de Planejamento e Gestão (SPPG) para acompanhamento de todas as ações propostas. “O planejamento deve ser permanente, permitindo identificar e coordenar ações, visando cumprir as metas e seus objetivos”, explica.
Conforme enaltece o pesquisador, na sociedade de hoje não se admite mais que uma gestão pública possa ser conduzida sem diretriz, composto do plano global e de planos setoriais, concebidos com metodologias de planejamento minimamente eficazes. “A iniciativa deve sempre partir do prefeito, que deflagra o processo de planejamento, bem como o monitoramento da sua execução”, afirma.
No entanto, ele destaca que “o bom gestor é aquele que promove a democracia, na medida em que partilha o poder de decisão entre os diversos setores sociais e econômicos do município”. “Na medida em que aproxima a população do governo é que se conquista automaticamente mais visibilidade e apoio dentro da comunidade”, realça.
Partindo-se desta premissa, Edmílson Firmino conclui “que é importante pensar também em como partilhar as responsabilidades com os outros atores sociais que participam da política, da econômica e da vida social da comunidade”.
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