Por William Saliba
A estratégia recentemente adotada pela rede de supermercados Assaí é totalmente contrária ao que o grupo fez no ano passado. Durante o Governo Bolsonaro, a empresa inaugurou 60 lojas e abriu 16 mil novos postos de trabalho. Nesta relação de investimentos, inclui-se a loja de Ipatinga, a única de todo o Leste mineiro.
No entanto, o grupo já adota em 2023, estratégias para enfrentar a recessão e a alta inflacionária a serem geradas pelas medidas anunciadas pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, sob aquiescência do presidente Lula da Silva.
A “venda de ativos” foi comunicada nesta semana a investidores como parte de medidas estudadas pela rede Assaí em um processo muito utilizado no mercado denominado “Sale and Lease back” (SLB). Inclusive, a companhia já realizou anteriormente este tipo de operação.
ATIVIDADE FIM
Em comunicado encaminhado a alguns veículos de comunicação, o Assai explica as medidas adotadas empresa:
A Assaí esclarece que não fechará lojas. A companhia realizou uma expansão recorde no setor em 2022 com 60 inaugurações e 16 mil novos postos de trabalho e, para este ano, mantém um plano elevado de inaugurações, ainda relevante e superior à média do setor.
A operação de se desfazer de ativos tem caráter meramente imobiliário em que é feita a venda de imóveis próprios, passando a pagar aluguel sobre este mesmo imóvel. Dessa forma, a Assaí consegue capital para investimento e ampliação de negócios, se dedicando a sua atividade, que é a venda no comércio atacadista de produtos alimentares, não implicando, em hipótese alguma, no encerramento das lojas.
Essa não é ainda uma decisão e simplesmente foi informada como uma opção diante do aumento do custo do capital com a escalada dos juros básicos (Selic), o que tem feito não apenas o Assaí, mas diferentes empresas a avaliarem medidas para se preparar a um cenário de permanência ou elevação das taxas de juros atuais, sem prejuízo de suas atividades.
Independente disso, o Assaí reafirma seu compromisso com o país, seja por meio da abertura de lojas ou da geração ímpar de empregos.