O mineiro Igor Fraga é um dos destaques mundiais do automobilismo em e-Sports (esportes eletrônicos). Além de tricampeão mundial, foi um dos finalistas da série de Gran Turismo, em 2021, representando o Brasil. A competição foi promovida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Igor disputou o certame há dois anos quando competia paralelamente na Fórmula 3 europeia. Com experiência no “real e no virtual”, o piloto mostra-se satisfeito com a atenção que o COI começa a dispensar aos eSports.
“Entre o real e o virtual, a única diferença é a questão física, porque o atleta de eSports tem o mesmo preparo mental e a dedicação que um piloto, sem contar a pressão”, assinala o Fraga, que espera representar o Brasil na nova modalidade olímpica.
“Ser tratado como um atleta olímpico trará mais peso para a nossa profissão”, acrescenta o piloto de Ipatinga, que poderá competir na série de eSports do COI em 2023.
ESPORTE OLÍMPICO
Palco de discussões há anos, os eSports estão mais próximos do que nunca de entrarem no ciclo olímpico. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou no início deste mês, o programa e a série de esportes eletrônicos olímpicos em 2023, com nove modalidades.
Segundo o próprio COI, essa é uma oportunidade de “expandir os valores olímpicos entre os mais jovens” e incluir os eSports no programa dos jogos. Com o cronograma de Paris-2024 já pronto, a entrada ficaria para Los Angeles-2028, com preferência para as modalidades que estimulem a prática física.
Segundo o COI, mais de 350 milhões de pessoas no mundo consomem ou praticam algum esporte eletrônico. Em 2021, quando foi realizado a última série dos eSports olímpicos, mais de 250 mil atletas competiram, com números impulsionados pela pandemia da Covid 19 e os lockdowns impostos ao redor do mundo. Esportes virtuais, como o ciclismo, se tornaram possibilidades para os atletas manterem o preparo físico durante o isolamento.
Além de valores olímpicos, os eSports são uma oportunidade de expandir os Jogos Olímpicos para uma nova geração. Ao longo dos últimos anos, as Olimpíadas perderam audiência na televisão e através do streaming. Em 2012, 3,6 bilhões de pessoas acompanharam os jogos de Londres; e em 2021, registrou a audiência de aproximadamente 3 bilhões de pessoas na disputa em Tóquio.