O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que manterá o modelo de escolas cívico-militares apesar da decisão do governo federal de encerrar esse formato de escolas. Em uma postagem no Twitter na manhã desta quinta-feira (13), Zema disse que as unidades seguirão funcionando com gestão compartilhada do Corpo de Bombeiros.
– Em Minas, as escolas cívico-militares continuarão funcionando com gestão compartilhada do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo, agora se une ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade – escreveu.
OUTROS ESTADOS
Em São Paulo, o Estado mais populoso do país, o governador Tarcísio de Freitas anunciou pelas redes sociais que deve editar um decreto para regular um programa próprio de escolas cívico-militares na unidade da federação. Segundo o chefe do Executivo paulista, a ideia é ampliar as unidades de ensino que utilizam esse modelo.
Um outro governador do Sudeste que anunciou que manterá o formato é Cláudio Castro, do Rio de Janeiro. Segundo o gestor estadual, a ideia é manter as escolas existentes e ampliá-las, em decisão similar a aquela anunciada por Tarcísio de Freitas para São Paulo.
– O nosso estado tem longa tradição na formação militar do pais. É uma vocação! Temos 16 unidades no RJ que já trabalham com gestão compartilhada com as forças armadas e militares do estado. Atendemos aproximadamente 10 mil alunos – escreveu.
Na Região Sul, Santa Catarina e Paraná também disseram que vão manter o formato. Em território catarinense, o modelo seguirá nas nove escolas do estado que já adotavam o método, que será custeado com recursos estaduais. No Paraná, os doze colégios cívico-militares que estão vinculados ao programa federal irão continuar neste formato, mas migrarão para a rede estadual.
SOBRE O PECIM
Lançado em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) previa a instalação de 200 escolas neste modelo até 2023, mas era um pouco diferente do formato de escolas militares mantidas pelas Forças Armadas.
No modelo do Pecim, os militares atuariam como monitores de gestão educacional, delimitando, por exemplo, as normas de convivência e medidas disciplinares no âmbito escolar. As secretarias estaduais de Educação, no entanto, continuariam responsáveis pelos currículos escolares, que seria o mesmo das escolas civis.