Carta de Notícias
  • Gerais
    • Política
    • Cultura
    • Educação
    • Lazer
    • Saúde
  • Ciência e Tecnologia
    • Rafael Fonseca
    • William Argolo Saliba
  • Colunistas
    • Walter Biancardine
    • William Saliba
  • Opinião
    • Amauri Meireles
    • Edmundo Fraga
    • Flávia Presoti
    • Gabriel Jadson
    • Natália Brito
    • Poliane Andrade
    • Ricardo Ramos
    • Wederson Marinho
    • Vitor Bizarro
  • Vídeos
  • Expediente
  • Fale Conosco
  • Economia
    • Alice Costa
  • Login
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Carta de Notícias
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

A inexorável sensação de insegurança

Redação por Redação
26 de abril de 2023
em Opinião
Tempo de Leitura: 3 minutos de leitura
A A
0
A inexorável sensação de insegurança

Origem do crescimento da violência criminal (Foto: Pixabay)

Compartilhar no WhatsAppCompartilhar no Facebook

Por Amauri Meireles (*)

A (in)segurança na sociedade brasileira tem sido tema de debate, com ênfase nos dias de hoje, desde 1972, quando a imprensa nacional cunhou a expressão “Violência Urbana”, para caracterizar a repentina elevação do número de crimes triviais e a aceleração da criminalidade violenta (roubo, assalto, latrocínio, estupro, etc.).


A partir de então, acelerou-se uma inquietante e angustiante espiral de violência criminal, que conduziu nosso país a um vergonhoso recorde histórico em 2017, ano em que mais de 64 mil pessoas foram assassinadas e a taxa de mortalidade chegou a assustadores 30,9 por 100 mil habitantes. Por quê?

Ocorreu no Brasil, no período de 1968 a 1973, o chamado “milagre econômico brasileiro” – destacado crescimento econômico – caracterizado pela aceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), forte industrialização e inflação baixa.

As notícias sobre o paraíso de consumo, em que se transformara a cidade grande, chegaram às cidades interioranas, provocando enorme deslocamento populacional. Em 1972, surge um atípico fenômeno: o esvaziamento do campo e o inchaço das capitais, ou seja, a população urbana ultrapassou a população rural.

As grandes cidades não estavam preparadas para receber esse grande fluxo de pessoas, o que gerou crises de moradia, seguridade, fome, miséria, educação, transporte, saneamento, desemprego, desocupação, concentração de renda, ou seja, a migração desordenada trouxe a explosão demográfica que gerou marginalização (à margem de direitos sociais) provocando crises sociais que, em alguns casos, evoluíram para a marginalidade (à margem de deveres sociais).

A inicialmente proclamada prosperidade fez eclodir o aumento da concentração de renda, de corrupção e de exploração da mão de obra, acentuando a desigualdade social, transformando, de latente para real, a figura do excluído, do marginalizado.

É muito comum, alguns pesquisadores atribuírem a essa vulnerabilidade socioeconômica a origem do crescimento da violência criminal. Certamente, um equívoco, se compararmos com outros países.

Essa comparação nos permite inferir que, dentre várias hipóteses, estaríamos diante de outra vulnerabilidade: a vulnerabilidade civil, a meia cidadania, onde são exigidos os direitos sociais, mas não são cumpridos os deveres sociais, isto é, os valores sociais não são respeitados e as regras sociais não são obedecidas.

Logo, a premissa de que a marginalização, a vulnerabilidade socioeconômica é responsável pelo aumento dos índices criminais não é correta, é, até mesmo, absurda.

Na discussão da insegurança é necessário o conhecimento sobre vulnerabilidades e ameaças. Vulnerabilidades seriam descontinuidades no tecido social, seriam falhas de Instituições, ensejando avanço de ameaças ao organismo social. Já as ameaças são adversidades, reais ou potenciais, advindas de forças da natureza, de antagonismos surgidos entre integrantes do próprio grupo ou entre grupos rivais, e de pressões, internas ou externas, que afetam diretamente a preservação ou a perpetuação da espécie humana ou que perturbam a vida social ou nacional.

Em razão do inesperado e do imponderável que cercam vulnerabilidades e ameaças, ou seja, nem sempre é possível saber quando irão ocorrer e/ou qual será extensão de cada uma, depreende-se que Segurança é uma utopia, sendo correto afirmar-se que se vive e sempre se viveu em um ambiente de insegurança. Não apenas no Brasil, mas em qualquer parte do mundo. Daí, a inexorabilidade da insegurança.

Diante dessa realidade fática, há uma sutileza que necessita ser mais bem observada, analisada e trabalhada: nenhuma ação é realizada para aumentar a segurança, mas, sim, para reduzir a insegurança, ou seja, as ações visam a diminuir a sensação de insegurança e, não, a aumentar a sensação de segurança.

*Amauri Meireles é coronel veterano PMMG, comandante da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do 14º Batalhão em Ipatinga, membro do Instituto Brasileiro de Segurança Pública e membro da Academia de Letras Capitão PM João Guimarães Rosa

Tag: criminalidadeinsegurançaViolência Urbana
Postagem anterior

Usipa disputa Campeonato Mineiro de Judô em BH

Próxima postagem

Ipatinga debate segurança nas escolas em seminário

Leia também

Fronteiras, ideologias e o clamor por paz em um contexto geopolítico e o espiritual
Opinião

Fronteiras, ideologias e o clamor por paz em um contexto geopolítico e o espiritual

30 de junho de 2025
Em cartaz: “Os Inseparáveis”; estrelando Lula e Alexandre Silveira
Opinião

Em cartaz: “Os Inseparáveis”; estrelando Lula e Alexandre Silveira

21 de junho de 2025
O fim da isenção das LCIs e LCAs: como a nova medida provisória impacta seu bolso
Alice Costa

O fim da isenção das LCIs e LCAs: como a nova medida provisória impacta seu bolso

21 de junho de 2025

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Powered by the Tomorrow.io Weather API
premio nippon
JORNALISMO COM CREDIBILIDADE                

** Os artigos de opinião, assinados, expressam a visão do autor e não necessariamente a linha editorial do portal Carta de Notícias.

Expediente:

CN Multimidia e Marketing Ltda.
CNPJ: 36.360.043/0001-25

Conselho Editorial: Antônio William Saliba
E-mail: awsaliba@cartadenoticias.com.br

CEO:
William Argolo
- (31) 98600-3599
E-mail: financeiro@cartadenoticias.com.br

Direção de Jornalismo: William Saliba - (31) 98744-3030
E-mail: awsaliba@cartadenoticias.com.br

Editoria Geral: Cid Miranda - (31) 98562-4064
E-mail: redacao@cartadenoticias.com.br

Assessoria Jurídica:
Vitor Bizarro
- (31) 98828-9999
E-mail: juridico@cartadenoticias.com.br

Publicações Mais Recentes:

  • Ternium e Usiminas incentivam educação com programas de reconhecimento por desempenho acadêmico

    Ternium e Usiminas incentivam educação com programas de reconhecimento por desempenho acadêmico

    3 de julho de 2025
  • Apostas lotéricas ficam mais caras a partir da próxima quarta-feira

    Apostas lotéricas ficam mais caras a partir da próxima quarta-feira

    3 de julho de 2025
  • Lei Rouanet atinge captação histórica de 765 milhões no semestre

    Lei Rouanet atinge captação histórica de 765 milhões no semestre

    3 de julho de 2025
  • Implante contraceptivo hormonal será oferecido pelo SUS

    Implante contraceptivo hormonal será oferecido pelo SUS

    3 de julho de 2025
  • Ilha no Japão registra 1.031 terremotos em duas semanas

    Ilha no Japão registra 1.031 terremotos em duas semanas

    3 de julho de 2025

2025 © CARTA DE NOTÍCIAS - Todos os Direitos Reservados. - Desenvolvido por: DG Company - Companhia Digital - Hospedado por: Onex Data Center

Gerenciar o Consentimento
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver Preferências
{title} {title} {title}
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Gerais
    • Política
    • Cultura
    • Educação
    • Lazer
    • Saúde
  • Ciência e Tecnologia
    • Rafael Fonseca
    • William Argolo Saliba
  • Colunistas
    • Walter Biancardine
    • William Saliba
  • Opinião
    • Amauri Meireles
    • Edmundo Fraga
    • Flávia Presoti
    • Gabriel Jadson
    • Natália Brito
    • Poliane Andrade
    • Ricardo Ramos
    • Wederson Marinho
    • Vitor Bizarro
  • Vídeos
  • Expediente
  • Fale Conosco
  • Economia
    • Alice Costa
  • Login

2025 © CARTA DE NOTÍCIAS - Todos os Direitos Reservados. - Desenvolvido por: DG Company - Companhia Digital - Hospedado por: Onex Data Center

Esse website utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este website estará dando seu consentimento para a utilização de cookies.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?