Noites de sono bem dormidas estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, como depressão ou ansiedade. De acordo com um novo estudo feito por cientistas da University College London, na Inglaterra, o problema começa com as dificuldades para dormir.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Nature nesta sexta-feira (20), pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm maior probabilidade de desenvolver um quadro depressivo. Os resultados apontam que aqueles com predisposição genética para dormir menos têm 2,5 vezes mais probabilidade de desenvolver sintomas depressivos nos próximos quatro a 12 anos.
A equipe reuniu os dados genéticos e de saúde de 7.146 indivíduos com idade média de 60 anos. A análise foi baseada nas características genéticas, e não no tempo que elas realmente dormiam a cada noite.
Segundo a pesquisadora Odessa Hamilton, principal autora do estudo, levantamentos anteriores descobriram que algumas particularidades do material genético humano estão ligadas à capacidade de pegar no sono.
DEPRESSÃO ENTRE IDOSOS
De acordo com o estudo, 11,47% de todos os idosos que participaram da pesquisa relataram experiências de depressão.
“O sono abaixo do ideal e a depressão aumentam com a idade, e com o fenômeno mundial do envelhecimento populacional, há uma necessidade crescente de compreender melhor o mecanismo que conecta o quadro depressivo e a falta de sono. O estudo estabelece bases importantes para futuras investigações sobre a intersecção entre genética, sono e sintomas depressivos”, afirma Odessa.
HIGIENE DO SONO
Embora o material genético tenha papel significativo na hora de dormir, existem práticas de higiene do sono capazes de ajudar as pessoas a descansar melhor. Veja algumas dicas:
– Evite o uso do celular na cama;
– Evite consumo de álcool à noite;
– Regule a temperatura do quarto para ter um ambiente agradável;
– Evite tirar cochilos durante o dia;
– Pratique atividades físicas diariamente.