Por Walter Biancardine (*)
Este é meu último artigo do ano de 2024 para os veículos Carta de Notícias e ContraCultura, as quais tenho enorme dívida de gratidão por permitirem que cometesse, em suas páginas, descalabros semelhantes ao que mostro em minha página pessoal.
Em ambos os casos, posso dizer que não tenho bons presságios para o ano vindouro, tanto em solo brasileiro quanto europeu. Nos tristes trópicos que habito, dou como favas contadas a quebra irreversível da economia de meu país – oriunda de uma desastrosa e deliberada política de gastos desenfreados e corrupção a todo vapor – bem como a prisão, após tantos testes da passividade popular e mesmo militar, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cofres em óbito, ditadura implantada e Bolsonaro preso, o caminho se abre para nos tornarmos o novo quintal da China, Rússia, bem como nos consolidarmos como o principal porto de saída de drogas ilícitas da América do Sul.
Já na Europa, mesmo com a satisfação de ver o esgotamento da cultura “woke” e a reação de alguns poucos povos contra a invasão muçulmana – disfarçada de “abrigo aos pobres imigrantes” – não consigo divisar esforços governamentais e populares mais efetivos que evitem a ruína continental, amplamente prevista e anunciada. Sinto ainda existir forte mentalidade passivo-liberal, tolerante às raias da inércia e disfarçada de “comportamento evoluído e civilizado”, evitando enxergar quaisquer absurdos perpetrados, impunemente, contra os diversos países integrantes da globalista União Europeia.
Ao meu ver, penso não ser apenas o Brasil que aguarda seu irmão mais velho e mais forte – os Estados Unidos – salvá-lo da surra iminente: aparentemente, a Europa em peso parece entregar nas mãos do Tio Sam, novamente, sua salvação – não sei se estou certo mas, caso esteja, parece ser tarefa demasiado grande para um só país.
Que Deus permita ser este artigo um dos maiores despropósitos já cometidos pela minha pena; que os parágrafos acima não passem de delírios desvairados de um senil, em plena depressão da virada do ano, e que eu me torne – o mais breve possível – apenas objeto de risos, galhofas e piadas.
Impossível dizer ao amigo leitor a alegria que terei, por sofrer a maior vergonha de minha vida.
Imploro ao Pai Eterno que se apiede de nós, e nos dê um 2025 apenas péssimo.