Por William Saliba
O visível o mal gosto em se vestir da primeira dama Janja, não é novidade. O seu comportamento em eventos oficiais do Governo Lula sempre é questionável. Agora ocorre um fato que incomodou o meio jurídico.
Na última sexta-feira, 30 de agosto, a cerimônia de posse de novos desembargadores no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) foi marcada por um episódio inusitado que gerou uma série de questionamentos sobre o comportamento da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Ao quebrar o protocolo para condecorar sua amiga pessoal, a advogada Gabriela Araújo, Janja não apenas desrespeitou as normas estabelecidas, como também deixou a impressão de que a impessoalidade, princípio essencial em cargos públicos, estava em jogo.
Janja Lula da Silva, frequentemente criticada por seu estilo e postura em eventos oficiais, surpreendeu a todos ao se levantar da mesa de honra e tomar a frente da cerimônia para entregar a condecoração a Gabriela, uma escolha que não seguia o protocolo usual.
A cerimônia, que deveria ter sido conduzida exclusivamente pelo presidente do TRF-3, desembargador Carlos Muta, viu Janja assumir um papel inesperado e controverso. A assessoria da primeira-dama alegou que a quebra de protocolo foi uma decisão do presidente do tribunal, mas essa justificativa não apaziguou os ânimos.
O gesto de Janja gerou desconforto entre os presentes, incluindo ministros de tribunais superiores e candidatos a vagas no TRF-3. A relação pessoal entre Janja e Araújo, que foi madrinha de seu casamento, apenas intensificou a percepção de que o evento estava sendo usado para promover interesses pessoais. A situação foi exacerbada por duas gafes cometidas por Janja durante seu discurso: confundir o ministro Herman Benjamin com um integrante do STF e referir-se ao Superior Tribunal de Justiça como “Supremo Tribunal de Justiça”.
Em última análise, o episódio revela a importância de manter o rigor nas cerimônias oficiais e o respeito pelas normas que garantem a equidade e a justiça. Para restaurar a confiança e assegurar a imparcialidade, é crucial que haja uma análise transparente e uma revisão dos procedimentos para evitar que casos semelhantes se repitam.
O respeito ao protocolo não é uma mera formalidade; é uma garantia de que as decisões são tomadas com base em critérios justos e meritocráticos.
A reflexão que fica é sobre como garantir que a gestão pública, em todas as suas instâncias, mantenha a integridade e a imparcialidade essenciais para o funcionamento de uma democracia saudável se a primeira dama sempre faz a lambança.