Por William Saliba
A divulgação da agenda de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (10), deixou candidatos à prefeitura de Ipatinga desolados. A cidade, considerada um polo da Região Metropolitana do Vale do Aço, estava na expectativa de uma visita de Bolsonaro e do apoio público do ex-presidente.
No entanto, a agenda revelou que o Bolsonaro irá se concentrar em outros estados, deixando Minas Gerais de fora e, com isso, desamparando candidatos locais que alimentavam o apoio de Bolsonaro, como o atual prefeito Gustavo Nunes (PL) e Michel Winter (PRTB)
A ausência de Jair Bolsonaro na campanha para a prefeitura de Ipatinga foi um golpe duro para os candidatos locais. Gustavo Nunes, que já contava com o respaldo do ex-presidente em sua eleição anterior, agora enfrenta o desafio de garantir sua reeleição sem o apoio prometido.
Michel Winter, que tentou se aproximar ainda mais da imagem de Bolsonaro ao adotar o nome político “Michel Bolsonaro”, foi o mais afetado pela omissão. A falta de apoio não apenas frustrou suas esperanças, como também complicou ainda mais sua campanha, que já enfrentava problemas internos e desafios judiciais. A ausência de recursos e visibilidade pública teve um impacto direto na capacidade de Winter de atingir eleitores e consolidar seu apoio.
Por outro lado, a nova agenda de Bolsonaro revela um foco intenso no Rio de Janeiro, onde ele dedicará atenção significativa ao candidato Alexandre Ramagem, que disputa a prefeitura da capital fluminense. O ex-presidente irá prestar seu apoio direto à Ramagem a partir de 1º de outubro, buscando solidificar a base eleitoral do PL e reforçar a presença do partido em uma das maiores capitais do Brasil.
A expectativa em torno da visita de Bolsonaro era grande, especialmente entre os candidatos que apostavam na influência do ex-presidente para garantir um impulso decisivo em suas campanhas.
A situação em Ipatinga serve como um lembrete de que, na política, nem sempre o apoio esperado se concretiza. A ausência de Jair Bolsonaro da agenda eleitoral em Minas Gerais mostra que o jogo político é dinâmico e imprevisível.
Para os candidatos, especialmente os que contavam com o apoio do ex-presidente, o desafio agora é mostrar resiliência e adaptar suas estratégias. Em vez de depender de figuras políticas externas, é vital que eles construam uma base sólida e autêntica de apoio entre os eleitores locais, principalmente dos conservadores.
O eleitorado nunca esteve tão consciente quanto as plataformas e o passado político dos candidatos.
Um bom ditado em latim: “Alea jacta est” (A sorte está lançada!)