Na manhã desta quarta-feira, 2 de outubro, o presidente Lula da Silva (PT) retornou ao Brasil após uma estadia de três dias no México. A viagem, que culminou na posse da nova presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, se transformou em um incidente, com o avião presidencial sofrendo uma pane na decolagem.
O problema ocorreu logo após a decolagem da Cidade do México, na noite de terça-feira (1º). Um barulho incomum ecoou pela cabine e foi seguido por uma falha na turbina. Lula, visivelmente irritado, se dirigiu ao cockpit para entender o que estava acontecendo. O susto gerou tensão entre os passageiros, mesmo com as garantias de segurança oferecidas pelo comandante.
Lula, visivelmente abalado com o susto e irritado pela falta de comunicação com o Palácio do Planalto, queixou-se não apenas da pane técnica, mas também da ausência de meios de contato com Brasília, já que a internet a bordo estava intermitente e os telefones inoperantes.
O piloto informou à torre do México o código aeronáutico de pane, “pan-pan-pan”. O avião então voou em círculos sobre a cidade do México durante cinco horas para queimar combustível. A Aeronáutica não confirmou a hipótese levantada de aspiração de pássaro por alguma turbina.
Desculpem o meu questionamento de leigo. Se havia pane, porque o combustível não foi descartado no ar e a aeronave não pousou em seguida?
A aeronave presidencial vai completar 20 anos. O comandante da FAB concorda, agora, com a reinvindicação de Lula desde o início do seu atual governo, sobre a necessidade de um novo avião.
Mas, como comprar? A Aeronáutica como o Exército e a Marinha estão na penúria com a falta de recursos. Haddad alega não haver dinheiro para atualização de armamento, manutenção de prédios, energia elétrica, alimentação da tropa, quanto mais para manutenção das aeronaves.
No entanto, sobra recursos para as caríssimas viagens internacionais do presidente e os “companheiros” que integram as enormes comitivas, com gastos em hotéis de luxo, restaurantes famosos, etc. O custo supera a um bilhão de reais.
E mais, a comparação entre as viagens de Lula em 2023 e 2024 revela um cenário interessante. Em 2023, foram 15 viagens e 24 países visitados, com 62 dias fora do Brasil. Já em 2024, até o presente momento, foram 8 viagens, cobrindo 12 países e somando 25 dias. O presidente ainda tem compromissos no calendário, como a cúpula dos BRICS, na Rússia, e a COP29, no Azerbaijão.
Enfim, o incidente no México reacende o debate sobre a compra de um novo avião presidencial, um tema que circula nos bastidores do Planalto desde a sua última posse.
Lula agora tem agora uma boa justificativa para a troca do novo “sucatão” presidencial. Concordam?