Por William Saliba
Em um contundente vídeo gravado em Lisboa, o jornalista Alexandre Garcia, que recentemente se autoexilou em Portugal, fez um desabafo intenso sobre as recentes medidas da Suprema Corte do Brasil que limitaram o acesso ao X (ex-Twitter) e puniram a Starlink.
Garcia, uma figura emblemática do jornalismo brasileiro, sempre foi a voz da moderação e da análise crítica. Porém, o vídeo que ele publicou recentemente em Portugal revela uma mudança drástica em seu tom e postura. Pela primeira vez em sua trajetória, Garcia expressa um descontentamento profundo e pessoal com o que considera uma grave violação das liberdades civis no Brasil.
O contexto das críticas de Garcia não poderia ser mais claro. A Suprema Corte brasileira decidiu recentemente suspender o acesso dos brasileiros ao X, uma plataforma essencial para a troca de informações e opiniões. Além disso, a corte impôs penalidades severas à Starlink, uma empresa que fornece serviços de internet via satélite, afetando diretamente milhões de brasileiros, especialmente em áreas remotas. Segundo Garcia, essas ações não possuem uma base legal robusta e representam um ataque frontal à liberdade de expressão.
Assim como Alexandre Garcia, eu iniciei minha carreira durante o regime militar e vivi os desafios do AI-5. Considero também que as medidas recentes são um retrocesso àqueles tempos sombrios, embora diferentes em sua natureza.
Lamento também profundamente a formação de jornalistas, professores e profissionais do direito que, nas últimas décadas, foram moldados por uma ideologia que os afastou da realidade democrática. Tudo isso é fruto do “gramscismo” infiltrado no sistema educacional brasileiro. Essa influência ideológica tem contribuído para uma geração de profissionais que não percebem a gravidade das restrições impostas, resultando em um ambiente onde a liberdade de expressão e outros direitos são gradualmente corroídos.
Jornalistas, operadores do direito e professores estão tão idiotizados pela ideologia socialista que, cegos, não percebem a escuridão do calabouço para onde os mesmos estão sendo levados, assim como todos os cidadãos de bem brasileiros.