Jornalismo: lá como cá, o preço da falta de credibilidade

Jornais mudam postura editorial diante de nova realidade midiática

Por William Saliba

Assim como ocorre no Brasil, também nos Estados Unidos, meio a uma onda de cancelamentos de assinaturas e queda na credibilidade, importantes veículos de comunicação, como The Washington Post e USA Today, anunciaram mudanças significativas em suas políticas editoriais. O Washington Post, de propriedade do empresário Jeff Bezos, perdeu mais de 200 mil assinantes.



A decisão representa uma mudança drástica na tradição do jornalismo americano. Em carta aberta, Bezos defendeu a necessidade de recuperar a confiança do público, destacando que as pesquisas mostram os níveis mais baixos de credibilidade da imprensa na história recente.

O movimento iniciado pelo Washington Post gerou um efeito dominó no setor. O USA Today e outros veículos importantes seguiram o mesmo caminho, sinalizando uma possível transformação no papel da mídia tradicional americana. Especialistas apontam que essa mudança reflete a necessidade de adaptação dos grandes jornais frente ao crescimento das mídias digitais e redes sociais.

A crise de confiança tem impactado diretamente o modelo de negócios dos veículos tradicionais. O Washington Post, por exemplo, viu sua base de 2,5 milhões de assinantes encolher cerca de 8% em poucos dias. A situação provocou reações internas, incluindo a demissão de membros importantes da equipe editorial.

Com o advento das mídias sociais, tanto no Estados Unidos como no Brasil, resta a estes veículos que se prostituíram com o progressismo, darem a mão à palmatória e voltarem a praticar um jornalismo ético, tendo como valores fundamentais a busca da verdade, a veracidade e a precisão das informações.

Caso contrário, pagam um preço muito caro pela falta de credibilidade.

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