Por William Saliba
O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou um manifesto em oposição aos cortes de gastos propostos pelo Governo Federal, provocando uma nova onda de tensão interna. Essa movimentação reacende a já delicada relação entre a sigla e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os petistas, em sintonia com movimentos sociais, argumentam que ajustes que impactem áreas sociais são inaceitáveis. O texto do manifesto acusa o governo de ameaçar conquistas históricas, como o reajuste real do salário-mínimo, sua vinculação às aposentadorias e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de direitos trabalhistas ligados ao FGTS e os pisos constitucionais da Saúde e da Educação.
“O mercado financeiro e a mídia estão pressionando por reduções nos investimentos sociais, alegando uma crise fiscal cuja gravidade não foi comprovada”, destaca o documento, que também conta com o apoio de partidos aliados, como PDT, PSOL e PCdoB.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, reforçou a posição do partido, defendendo cautela do presidente Lula na implementação de cortes. Em suas redes sociais, criticou editoriais de grandes jornais favoráveis ao ajuste fiscal, afirmando que tais propostas contradizem as promessas de campanha do governo.
“Agora querem cortar na carne da maioria do povo, avançando seu facão sobre conquistas históricas”, denuncia o manifesto, em referência às medidas em discussão.
Por outro lado, a ala do partido mais próxima a Haddad alerta para a necessidade de demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal, especialmente diante de um cenário econômico delicado.
Ainda assim, lideranças petistas tentam minimizar as tensões, classificando o manifesto como uma reafirmação de princípios já defendidos pelo partido, como o registrado em junho na nota “Em defesa da saúde, educação, previdência e assistência social; contra a especulação e os privilégios fiscais”.
Ah, para os que não sabem: false flag (bandeira falsa) é um ato hostil e impopular cometido com o intuito de ser atribuído a quem não é seu verdadeiro autor, de modo a justificar a tomada de decisões extremas a pretexto de combater o acusado da agressão.
Em suma, quem fez o “L” está começando a acordar.
Agora, o L é de “L”ascou mesmo!