Lula deve estar dormindo frustrado. Ele pode até encomendar o novo Aerolula para a presidência da República, mas caberá ao seu sucessor utilizá-lo. Isso porque a Airbus, empresa europeia de aviação, informou ao governo brasileiro que a entrega de um novo avião presidencial só seria possível em 2027, frustrando os planos do atual presidente. Significa que, mesmo que a compra seja realizada, será o sucessor de Lula quem terá a oportunidade de utilizar o novo avião.
A atual aeronave presidencial, um Airbus A319, apelidado de “Aerolula”, está em uso desde 2005. O momento da decisão também levanta questionamentos sobre a coerência do governo em relação ao controle de despesas.
Com o dólar atingindo R$ 5,86, o Ministério da Fazenda prepara um pacote de austeridade para cortar gastos públicos e garantir o cumprimento da meta de déficit zero para 2024. Entre as propostas de economia estão a revisão das despesas obrigatórias, que representam mais de 90% do orçamento, e possíveis ajustes em políticas como o seguro-desemprego e o abono salarial.
Diante das dificuldades econômicas e do alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o risco de descumprimento da meta fiscal, o governo de Lula tem um grande desafio pela frente. Qualquer decisão sobre a compra do novo avião presidencial terá de ser balanceada entre as necessidades de modernização da frota e o compromisso com o teto de gastos.
No horizonte, permanece a questão: em tempos de contenção orçamentária, é justificável um investimento tão significativo em uma aeronave que Lula talvez nunca chegue a utilizar?
Resta saber se o governo seguirá com o plano ou se, em uma manobra de austeridade, preferirá manter a aeronave atual nos céus até o próximo presidente assumir o comando.
Se mesmo assim Lula ainda insistir em trocar o Aerolula, mais uma vez apertem os cintos!