A verborragia de Luiz Inácio Lula da Silva sobre seu adversário político, Jair Messias Bolsonaro, tem gerado críticas severas, especialmente entre líderes religiosos. Durante a última campanha e ao longo de sua carreira, Lula foi frequentemente associado a posições ateístas e, em alguns círculos, a práticas questionáveis, consideradas por alguns líderes religiosos como relacionadas a seitas obscuras.
Agora, com declarações que levantam questionamentos sobre a autenticidade da fé de Bolsonaro, o presidente reacende a polêmica, acusando seu oponente de usar a religião como fachada.
Em um discurso no Palácio do Planalto, durante a sanção do programa Pé-de-Meia, Lula afirmou que Bolsonaro “fingia ser cristão” e “não gostava do povo”. Essas palavras causaram indignação entre lideranças evangélicas, católicas e espíritas, que rapidamente responderam, classificando as declarações como desrespeitosas e preconceituosas.
Muitos líderes religiosos destacaram que, “um ex-presidiário, historicamente envolvido em escândalos de corrupção, não teria legitimidade para questionar a fé alheia”.
Eles também relembraram alegações de que, em campanhas passadas, Lula teria estabelecido alianças com grupos acusados de adorar forças obscuras, algo que, segundo esses líderes, pode ser facilmente encontrado na internet.
Críticos da fala presidencial também apontaram a grave situação social e econômica do país, mencionando o sofrimento de brasileiros que vivem sem acesso a serviços básicos, como saúde e saneamento, e questionaram o destino dos recursos públicos que deveriam ter sido aplicados para o bem-estar da população.
O contraste com Bolsonaro, segundo os apoiadores do ex-presidente, é evidente: desde a campanha eleitoral até o final de seu mandato, ele defendeu firmemente os princípios de “Deus, Pátria e Família”, assumindo publicamente sua fé católica, ao mesmo tempo que apoiava e acompanhava sua esposa Michelle na prática de sua fé evangélica.
O embate entre Lula e Bolsonaro sobre questões religiosas reflete a crescente tensão entre o atual governo e setores conservadores da sociedade, especialmente aqueles ligados às tradições judaico-cristãs. O silêncio do Palácio do Planalto diante da repercussão negativa das falas de Lula até o momento apenas intensifica a sensação de descontentamento entre essas comunidades.
A comparação feita por Lula, que insinuou uma analogia entre Jesus e líderes comunistas – historicamente associados à repressão da fé religiosa –, foi vista por muitos como um sinal de desconhecimento ou indiferença em relação aos ensinamentos cristãos. Para os críticos, essas palavras subestimam a importância da fé na vida de milhões de brasileiros.
Como disse Jesus, “a quem muito foi dado, muito será exigido”. Para muitos, fica a lição de que o julgamento, seja ele político ou espiritual, será inevitável.
Aqui e acolá.